quarta-feira, julho 31, 2019

PF pede suspensão da prisão de um dos investigados por invasão de celulares de autoridades

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A Polícia Federal solicitou à Justiça Federal a suspensão da prisão temporária de Danilo Cristiano Marques, um dos suspeitos de envolvimento na invasão de celulares de autoridades, e defende a substituição por medidas cautelares.

Ele foi preso na semana passada na Operação Spoofing e, na última terça (30), a prisão temporária dele foi prorrogada até esta quinta (1º). Mesmo assim, a PF defende que ele seja liberado logo, antes do encerramento do prazo.

A decisão caberá ao juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.

No pedido, feito pelo delegado Luís Flávio Zampronha, a PF defende que, por ora, Marques já prestou todos os esclarecimentos e, por isso, a prisão não é necessária, desde que substituída por algumas medidas cautelares, como a proibição de contato com qualquer outro investigado e de sair de onde mora sem autorização da Justiça.

No primeiro depoimento, prestado semana passada, Marques havia dito à PF que emprestou o nome para Walter Delgatti Neto, outro preso pela operação, usar em aluguel de imóvel e compra de dólares. Danilo também disse que emprestou a conta bancária. Os investigadores acreditam que Danilo Marques atuou como pessoa interposta de Walter, ou seja, como "testa de ferro" do amigo.

Nesta terça, data do segundo depoimento, os investigadores quiseram obter mais informações sobre chips de celular encontrados em buscas na casa dele. No depoimento, Danilo Marques disse que não conseguiu vendê-los, e que os chips estão vencidos.

O delegado destaca que o conteúdo dos computadores e celulares de Danilo ainda não foram analisados pela Polícia Federal. As diligências, segundo ele, poderão gerar novas medidas contra o investigado.

Mas, por ora, a PF diz considerar que Danilo Cristiano Marques não é mais imprescindível para as investigações.

Investigação
A investigação começou após a divulgação de trocas de mensagens atribuídas ao então juiz federal Sergio Moro e ao coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, por meio do aplicativo Telegram.


O material que, segundo as investigações, teria sido hackeado dos respectivos celulares, foi publicado pelo site The Intercept em uma série de reportagens que ficou conhecida como Vaza Jato e aborda a conduta do então juiz Sergio Moro na condução da Lava Jato em Curitiba.

Em depoimento à PF, um dos presos – Walter Delgatti Neto – admitiu que entrou nas contas de procuradores da Lava Jato e confirmou que repassou mensagens ao site The Intercept Brasil. Segundo a Polícia Federal, mais de mil pessoas podem ter sido alvos do grupo.

Fonte: G1

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