O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (9) que com "toda a certeza" a Câmara vai aprovar a reforma da Previdência em dois turnos antes do recesso parlamentar, marcado para começar no dia 18 de julho.
Bolsonaro disse que a reforma deve ser aprovada na Câmara antes do recesso
A Câmara deve iniciar nesta terça a análise, no plenário, do texto que altera as regras de aposentadoria. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma exige aprovação de no mínimo 308 dos 513 deputados (3/5 da Casa) em dois turnos de votação.
Questionado se está confiante para a votação, Bolsonaro aproveitou para fazer um aceno ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem chamou de "general" a favor da proposta. Ao longo da tramitação do texto na Câmara, os dois chegaram a trocar farpas publicamente. Maia reclamava da falta de articulação do governo em favor da reforma.
“Segundo informações de vocês mesmos [da imprensa], o Rodrigo Maia é o nosso general dentro da Câmara, agora, para aprovar com toda a certeza antes do recesso os dois turnos dessa nova Previdência”, disse o presidente, após uma visita ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Depois da análise na Câmara, a reforma ainda terá de ser aprovada, também em dois turnos, pelo Senado. A matéria é a principal medida deste início de governo, já que a reforma é considerada vital pela equipe econômica para equilibrar as contas públicas.
Agenda
A ida de Bolsonaro ao Ministério do Meio Ambiente não estava prevista na agenda do presidente. Ele relatou, em entrevista após o encontro, que o ministro Ricardo Salles recebia no momento a bancada parlamentar do Amazonas.
Questionado se o Fundo Amazônia, cujo objetivo é estimular ações de combate ao desmatamento, continuará, Salles declarou que o governo busca a "melhor solução possível para os brasileiros".
“Nós estamos trabalhando para ter a melhor solução possível para os brasileiros, para o Brasil, para o cuidado com o meio ambiente, para o desenvolvimento, para o cumprimento de todas as pautas do presidente", disse.
Após a fala do ministro, Bolsonaro complementou que o Brasil não pretende ceder à pressão de outros países na área ambiental.
"Não vamos ceder à pressões externas, em especial de ninguém, quem dirá daqueles que não têm nada de exemplo para dar para nós", afirmou o presidente.
Salles e embaixadores de Alemanha e Noruega admitem a possibilidade de extinção do fundo. A polêmica teve início em maio, depois que o ministro anunciou a intenção do governo de fazer alterações em seu funcionamento.
O governo quer, por exemplo, passar a usar dinheiro do fundo para indenizar proprietários rurais em unidades de conservação. Noruega e Alemanha são contra as mudanças.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!