O clima pesou ainda mais entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO) — Foto: Reprodução
Nesta quarta-feira (3), dizendo-se autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro a negociar benefícios para policiais federais na reforma da Previdência, Major Vitor Hugo procurou Maia e deputados da comissão especial para conversar. Nas palavras de um deputado, Vitor Hugo "exigiu" que Maia trabalhasse pela alteração no texto porque era um pedido do presidente Bolsonaro.
O presidente da Câmara explicou a Vitor Hugo que, se atendessem à categoria, isso abriria brecha para outros setores pleiteassem vantagens, o que acabaria atrasando a votação da reforma da Previdência.
Major Vitor Hugo subiu o tom e insistiu. Foi quando Maia devolveu: "aqui você não manda, quem manda na Câmara são os deputados".
Ao final da reunião, Maia, ao se despedir do líder do governo na Câmara, segundo relatos, pediu desculpas a Vitor Hugo, dizendo que se excedeu no tom. Ele aproveitou para dizer que "não tinha nada pessoal" contra o major, mas que a falta de articulação política do governo e os "erros" do Planalto atrapalhavam a relação de ambos.
Maia e Major Vitor Hugo são rompidos, na prática. O presidente da Câmara já avisou ao governo por mais de uma vez que não negocia as matérias legislativas com ele.
Não é só na Câmara que o líder tem problemas. Na equipe econômica do governo, ele está queimado. A irritação é tanta com a pressão dele para "privilegiar" uma categoria, nas palavras de um auxiliar de Bolsonaro, que há um movimento para substituí-lo, apoiado, inclusive, por ministros da ala militar ouvidos pelo blog.
O problema, admitem, é que Bolsonaro tem "apreço" pelo major. O presidente repete a quem pergunta que o líder é inexperiente, mas bem-intencionado.
Fonte: G1
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