O ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, foi vaiado no Senado durante sessão para celebrar o Dia Mundial do Meio
Ambiente e ainda deixou o local sob gritos de “fujão”. Ao discursar, ele negou
que a pasta esteja promovendo um “desmonte” em órgãos como o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
RICARDO SALLES. FOTO. GERAL MAGELA-AGÊNCIA SENADO
“Com relação aos nossos órgãos que
desempenham um papel importante nesse trabalho, o Ibama e o ICMBio, a frase que
tem sido dita, do desmonte, é absolutamente inverídica. Ao contrário, o
desmonte foi herdado”, declarou o ministro, sendo vaiado por algumas pessoas
que estavam no plenário. “Pode se manifestar à vontade”, reagiu Salles. “O
desmonte foi herdado de gestões anteriores. Quem recebeu a fragilidade
orçamentária fui eu, quem recebeu um déficit gigantesco de funcionários fui eu.
Quem recebeu frotas sucateadas e prédios abandonados fui eu. Portanto, se houve
desmonte, desmonte houve antes e não agora”, declarou.
O ministro afirmou que, durante a sua
gestão, há uma tentativa de se fazer uma boa administração. Ao finalizar o
discurso, Salles defendeu uma gestão com “eficiência e resultados concretos”,
respeitando os recursos humanos e financeiros destinados para o setor, sendo
aplaudido por alguns e novamente vaiado por outras pessoas da plateia. Ele
deixou o local antes do término da sessão para viajar ao Rio, onde uma palestra
no Clube Militar está agendada para as 14 horas.
O líder da Rede no
Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que era uma “pena” que Salles
estivesse saindo sem debater com ele. A plateia, enquanto Salles deixava o
plenário, começou a soltar gritos de “fica!” e “fujão”. “A democracia é assim,
cada um pode ter a reação que quiser”, declarou Salles, na saída.
Fonte: Estadão
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