A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta quinta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mensagens atribuídas ao ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e ao procurador Deltan Dallagnol, divulgadas pelo site The Intercept, para afirmar que as informações são mais um elemento da parcialidade de Moro em relação ao petista.
Montagem com fotos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-juiz a atual ministro da Justiça, Sérgio Moro — Foto: Reprodução/G1
As mensagens foram apresentadas ao tribunal dentro de habeas corpus no qual a defesa de Lula pede a liberdade com base na suspeição do ex-juiz. O pedido será analisado pela Segunda Turma do STF no dia 25 de junho.
O site The Intercept divulgou nesta semana conversas no aplicativo Telegram atribuídas a Moro e a procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, sobre alguns assuntos investigados pela Lava Jato. Segundo o site, Moro orientou ações e cobrou novas operações.
A defesa de Lula afirma que as informações “denotam o completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva” do então juiz.
Conforme a petição de duas páginas, o “conteúdo é público e notório” e revela “a conjuntura e minúcias das circunstâncias históricas em que ocorreram os fatos comprovados nestes autos“. Para a defesa, as conversas mostram “situações incompatíveis” com a magistratura.
A defesa abriu a petição com uma frase dita por Moro no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo: “O problema ali não era a captação do diálogo e a divulgação do diálogo. O problema era o diálogo em si, o conteúdo do diálogo, que ali era uma ação visando burlar a justiça e esse era o ponto”.
A frase era uma resposta de Moro para justificar a decisão que deu publicidade ao diálogo telefônico interceptado entre o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma Rousseff.
Fonte: G1
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