As vendas no comércio varejista do Rio Grande do Norte não tiveram um início de ano positivo. Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram recuo de 2,0% de janeiro a março deste ano ante mesmo período de 2018. A breve recuperação em março, cujo saldo foi positivo em 0,4% em relação a fevereiro, não foi suficiente para reverter o número negativo acumulado nos três primeiros meses do ano. O volume de queda é ainda maior quando comparados março deste ano com o mesmo mês do ano passado: declínio de 6,5% nas vendas e -1,1% na receita nominal.
Expectativa da CDL Natal é de boas vendas até o Dia das Mães
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Natal), Augusto Vaz, destaca que o resultado do trimestre poderá ser revertido com as vendas no Dia das Mães. “Esse negativo é só no varejo. No varejo ampliado, tve crescimento no primeiro trimestre. No varejo mais reduzido, teve queda no primeiro trimestre puxada por março. Crescemos em janeiro e fevereiro. Isso é mais por uma perspectiva de mercado, de novos governos, a população na esperança do governo mexer nas políticas econômicas. Como não temos movimentos muito bruscos, a população queria um crescimento mais alto, se retrai o consumo. A gente têm perspectivas para o Dia das Mães neste fim de semana e tivemos dados positivos no Carnaval”, destaca.
Em comparação com a média do Brasil, o crescimento de 0,4% do comércio potiguar em março representa desempenho um pouco acima da média nacional, 0,3%. Em relação aos demais estados do Nordeste, o comércio norte-riograndense apresentou um aumento no volume de vendas com valor intermediário, tendo em vista que o crescimento de 0,4% frente ao mês anterior foi o quinto maior entre os noves estados, mas muito longe do primeiro colocado, Alagoas, com 2,7% de crescimento.
Ressalta-se que, apesar do crescimento em comparação com fevereiro deste ano, frente a março de 2018, houve uma redução de 6,5% no volume de vendas comércio varejista, o que condiz com o contexto de variação negativa do comércio varejista nacional, que registrou recuo de 4,5%, com predomínio de resultados negativos em 20 das 27 Unidades da Federação, destacando-se a Paraíba (-10,7%), que teve a maior redução em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista, investigando a receita bruta de revenda e o volume de vendas nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.
Varejo ampliado nacional
As vendas do varejo ampliado, que incluem veículos, motos, parte e peças e de material de construção tiveram alta de 1,1% em relação a fevereiro deste ano, após recuo de 0,5% no mês anterior. A média móvel do trimestre subiu 0,5%, contra a queda de 0,4% em fevereiro. Em relação a março de 2018, as vendas do varejo ampliado despencaram 3,4%, interrompendo uma série de 22 taxas positivas.
No primeiro trimestre, o varejo ampliado acumulou alta de 2,3% na comparação com igual trimestre de 2018 e cresceu 0,3% ante o quarto trimestre do ano passado. Ainda, acumulou ganho de 3,9% nos últimos doze meses.
O resultado de março ante fevereiro ficou aquém da mediana das estimativas, positiva em 1,6%, e dentro do intervalo das previsões, de queda de 1,4% a alta de 2,6%, conforme coleta do jornal O Estado de S Paulo. A queda na comparação interanual foi maior que a mediana, negativa de 2,50% (intervalo de -4,7% a -0,9%).
Em relação aos números do trimestre, o resultado de 0,3% do primeiro trimestre ante o quarto de 2018 coincidiu com a mediana das previsões do mercado (intervalo de -0,80% a +3,2%). O ganho de 2,3% ante igual trimestre do ano passado veio abaixo da mediana (de 2,58%; intervalo de queda de 4,2% a alta de 5,0%).
No varejo ampliado, a venda de veículos, motos, partes e peças subiu 4,5% e a de material de construção teve alta de 2,1%, na comparação de março contra o mês anterior. Frente a março de 2018, a venda de veículos, motos, partes e peças caiu 1,2% e a de material de construção permaneceu estável.
Evolução das vendas
Alagoas: +2,7%
Paraíba: +2,4%
Piauí: +1,1%
Maranhão: +0,8%
Rio Grande do Norte: +0,4%
Pernambuco: +0,2%
Ceará: 0%
Bahia: -0,1%
Sergipe: -0,8%
Fonte: Tribuna do Norte
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