Por falta de espaço, 40 dos 55 corpos de detentos mortos no massacre ocorrido em unidades prisionais do Amazonas foram colocados em um caminhão-frigorífico alugado pelo governo do estado. Até o fim da manhã desta terça-feira (28), 16 corpos haviam sido liberados para as famílias.
Governo alugou caminhões frigoríficos para armazenar corpos de detentos mortos em massacre — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM
As mortes ocorreram entre domingo e segunda em presídios de Manaus. Segundo as autoridades, foram causadas por disputa pelo comando de uma facção.
Dos 16 corpos liberados, 15 são dos mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). O 16º é de um detento do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat).
Familiares de presos mortos em Manaus aguardam liberação de corpos — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM
A presidente do Sindicato dos Peritos no Amazonas, Viviane Pinto, disse que o trabalho de identificação dos corpos é demorado em razão do número reduzido de peritos.
"Devido ao número reduzido de peritos, esse trabalho é mais longo e demorado. São quatros peritos legistas na escala e um odonto legista para toda essa demanda. Atualmente, são 20 gavetas no IML, que já estão ocupadas. Os demais corpos estão na câmara frigorífica que foi contratada", disse.
Em frente ao IML, familiares do detento William Willer Souza de Souza, de 25 anos - preso no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT) por tráfico de drogas há dois anos -, aguardavam por notícias. "Quando eles falaram os nomes de quem havia sido morto, disseram o nome do William. Não tenho nem palavras para o momento”, disse a tia do homem, Iranete Souza da Silva, 48.
Fonte: G1
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