Tite vai entregar a faixa de capitão da seleção brasileira a Daniel Alves para os amistosos contra Catar e Honduras, e também a Copa América. O técnico decidiu que Neymar não exerceria a função depois da agressão a um torcedor na final da Copa da França, em que o PSG, clube do atacante, foi derrotado nos pênaltis pelo Rennes. O camisa 10 foi comunicado pelo treinador da decisão no último sábado, quando se apresentou. O lateral soube no domingo que receberia a braçadeira.
Foto: REUTERS/Regis Duvignau
No dia em que anunciou os 23 convocados, Tite evitou se aprofundar no assunto. Disse apenas que Neymar havia cometido um erro e, antes de anunciar qualquer decisão sobre a faixa de capitão, precisaria conversar pessoalmente com o atacante.
Neymar se apresentou no sábado à Granja Comary, três dias antes do previsto, por causa da liberação do PSG. A agressão rendeu ao jogador uma suspensão na reta final da liga do país.
Daniel Alves é um dos grandes amigos de Neymar no futebol, companheiro dele nos tempos de Barcelona e agora no PSG. Sua chegada à Granja está prevista para esta terça-feira, junto aos zagueiros Marquinhos e Militão, o volante Arthur e o meia Philippe Coutinho. O lateral-direito teria sido o capitão da Seleção na Copa do Mundo de 2018, mas uma lesão o tirou do torneio.
Neymar herdou a faixa pela primeira vez logo depois da Copa do Mundo de 2014 e manteve durante toda a passagem de Dunga, mesmo após ter sido expulso e suspenso da Copa América de 2015. Capitão também na Olimpíada de 16, ainda no gramado do Maracanã, minutos após a conquista da medalha de ouro, desabafou e disse que não gostaria mais de exercer a função.
Tite assumiu a Seleção principal e aderiu ao rodízio de capitães. Neymar só viria a usar a faixa na nona partida sob comando do técnico, contra o Paraguai, na Arena Corinthians.
No fim da Copa do Mundo de 2018, Tite abriu mão do rodízio e determinou o camisa 10 como capitão fixo da Seleção. Segundo ele, a intenção era dar ao atacante uma demonstração de confiança depois das críticas mundiais recebidas pelo seu comportamento na Rússia, mas também atribuir mais responsabilidades ao principal jogador da equipe.
Neymar capitaneou a Seleção nos seis amistosos do segundo semestre de 2018. Agora, deve entregar a faixa ao amigo Daniel Alves, capitão mais frequente durante o rodízio de Tite (quatro vezes), e respaldado pelo currículo de 39 conquistas no futebol profissional, recorde histórico, e 108 partidas com a camisa do Brasil.
Fonte: Globo Esporte
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