Construtoras que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida avisaram ao Palácio do Planalto que vão começar a demitir trabalhadores. Isso devido a atrasos no repasse de pagamentos devidos pelo governo. Os empresários aguardaram até março uma dívida que, de acordo com a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, seria de R$ 450 milhões. Como o dinheiro não veio, eles falam agora em dispensar até 50 mil empregados em pouco mais de uma semana.
FOTO: WELLINGTON ROCHA/ARQUIVO/PORTAL NO AR
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, enviou mensagens aos ministros da Casa Civil, do Desenvolvimento Regional e da Economia informando que “não consegue mais segurar o pessoal”.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu que “tem recebido reclamações de pagamentos abaixo do necessário”. Segundo o órgão, atrasos em janeiro e fevereiro foram decorrentes de contingenciamentos, mas há esforço para antecipar limites para os próximos meses. Para a pasta é “importante ressaltar que, desde o início do ano, o ministério liberou R$ 732 milhões para o programa”.
Dados da CBIC indicam que o Minha Casa, Minha Vida representa dois terços do mercado imobiliário brasileiro. O setor da construção, que chegou a empregar 3,4 milhões de pessoas, hoje emprega 2 milhões.
*Com informações do jornal Folha de S. Paulo.
Fonte: portal no Ar
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