O governo do Rio Grande do Norte anunciou que vai iniciar, ainda nesta terça-feira (23), uma força-tarefa para impedir que a parede do açude São Miguel II, em Fernando Pedroza, na região Central do estado, também seja danificada pelo acúmulo excessivo de água das chuvas que vêm caindo na região. O objetivo é evitar novas enxurradas e mais prejuízos.
Rio São Miguel encheu após chuvas, destruiu cabeceira da ponte da RN-041 e interditou a rodovia em Santana do Matos — Foto: Defesa Civil de Santana do Matos
Governo iniciou as obras de recuperação da ponte sobre a RN-041, que foi destruída pela correnteza — Foto: Sandro Menezes/Assecom-RN
Na edição desta terça do Diário Oficial do Estado, o governo publicou um decreto que oficializa a situação de emergência em quatro municípios no interior do Rio Grande do Norte (Fernando Pedroza, Angicos, Santana do Matos e Ipanguaçu), todos afetados pelo rompimento de três barragens particulares em Fernando Pedroza, que causaram correntezas e a destruição de uma ponte na RN-041, entrada que liga a cidade de Santana do Matos à BR-304. Dois carros foram arrastados pela força das águas e duas pessoas foram socorridas com ferimentos leves.
Ford Ka foi um dos carros arrastados pela correnteza do Rio São Miguel, em Santana do Matos — Foto: F. Damião
Força-tarefa
Segundo o governo, a força-tarefa também vai avaliar os danos causados pela ruptura que aconteceu na parede do açude São Miguel I, uma das três barragens que rompeu no fim de semana.
Açude São Miguel I, em Fernando Pedroza, foi um dos três reservatórios que rompeu por causa do acúmulo de água das chuvas que caíram no fim de semana — Foto: AG Drone
A primeira ação será uma intervenção no sangradouro do reservatório, a fim de diminuir a altura e aumentar a extensão para escoamento da água, impedindo um possível rompimento.
Açude São Miguel II, em Fernando Pedroza, corre risco de rompimento — Foto: AG Drone
De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Marcos de Carvalho, o rebaixamento ocorrerá pela retirada de um dique, que vai aumentar a vasão da sangria de forma controlada, sendo 10 centímetros por vez até o volume de 80 centímetros, cota que deve manter a barragem em uma situação segura.
“Em virtude da relativa tranquilidade, visto que não há previsão de chuvas daqui para quinta-feira na região, e em detrimento de outros aspectos, como o rebaixamento da lâmina e do volume de água armazenado no São Miguel II e do maquinário pesado para a obra, iniciaremos a operação ainda nesta terça”, acrescentou o comandante.
Fonte: G1
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