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segunda-feira, abril 29, 2019

Decisão favorável à Guararapes traz segurança para facções têxteis

A facções de costura do interior do estado que prestam serviços para a Guararapes Confecções se mostraram aliviadas com a decisão do  juiz da 7ª Vara do Trabalho Alexandre Érico da Silva, que negou pedido de indenização no valor de R$ 38 milhões feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a empresa para responsabilizá-la por danos morais coletivos dos trabalhadores da facções por ela contratadas.

FÁBRICA DE CONFECÇÃO - DIVULGAÇÃO FIERN

“Essa decisão nos deixa mais seguros, pois sabemos que estamos no caminho certo, no caminho do desenvolvimento. Nossa região do Seridó é uma região carente de geração de emprego e renda. Essa realidade está mudando com as oficinas de costura”, diz o presidente da Associação Seridoense de Confecções (Asconf), Janúncio Nóbrega.

Durante todo o processo, proprietários e trabalhadores das fábricas de costura que prestam serviço para a Guararapes se mostraram receosos, diante da possibilidade da companhia parar de contratar com essas facções. O presidente do grupo Guararapes, Flávio Rocha, chegou a declarar que havia a intenção de retirar investimentos do estado e até transferir a fábrica de Extremoz para outro estado vizinho, alegando que, uma condenação por danos morais inviabilizaria os contratos com as facções e os investimentos. “Nós torcemos muito para que essas oficinas sejam ampliadas e que outras grandes empresas venham para o nosso estado”, declara Janúncio.

Ao todo, 61 facções vendem serviço contratado pela Guararapes. Outras grandes companhias, como a Hering, também contratam serviço com outras 50. São mais de 3.000 empregos diretos gerados por estas pequenas fábricas no interior. Todas as que têm parceria com a Guararapes, segundo Janúncio, são certificadas pelo Programa de Qualificação de Fornecedores para o Varejo, desenvolvido pela ABVTEX – Associação Brasileira do Varejo Têxtil .

Contudo, o Ministério Público do Trabalho quer responsabilizar a Guararapes por danos trabalhistas, gerados por que prestavam serviço a ela. Segundo o MPT,  o Grupo de Procuradores do Trabalho vinculados à Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes (Conafret) realizou inspeção nas facções e analisou as condições de trabalho e o conteúdo dos contratos de cada facção, constatando que a atuação da Guararapes foi além da de uma contratante comum.

Fonte: portal no Ar

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