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quarta-feira, abril 10, 2019

Atraso de pagamento pode gerar desemprego no Minha Casa Minha Vida

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Diante do aperto fiscal neste início de ano, o governo Bolsonaro está com um atraso de 45 dias no pagamento de obras do programa Minha Casa Minha Vida, num total de R$ 450 milhões. Se a situação não for regularizada, o setor pode ser obrigado a começar a demitir num momento em que o desemprego, em vez de cair, registra aumento.

O alerta é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Martins. Segundo ele, o governo sempre faz o pagamento dois dias depois das medições das obras, mas agora está registrando um atraso de 45 dias.

"As construtoras do Minha Casa Minha Vida são empresas de médio e pequeno porte, não trabalham com capital de giro, contam com o pagamento do governo federal para honrar suas dívidas", disse Martins.

O presidente da CBIC havia conversado com ministros do governo Bolsonaro e recebido a promessa de que os pagamentos seriam regularizados, o que acabou não acontecendo. Ele destaca que a situação pode até piorar por causa do bloqueio de verbas que o governo fez no Orçamento.

O Ministério do Desenvolvimento Regional, que gerencia o Minha Casa Minha Vida, terá menos recursos nos próximos meses para fazer frente a seus compromissos. Hoje, ele dispõe de R$ 600 milhões mensais, mas entre junho e setembro sua verba mensal vai cair para R$ 250 milhões. E, nos últimos meses do ano, para R$ 89 milhões.

Enquanto isso, os pagamentos do Minha Casa Minha Vida giram em torno de R$ 400 milhões mensalmente. Ou seja, além dos atrasos atuais, em breve o ministério pode não ter recursos em caixa para pagar os atrasados nem os novos contratos com as construtoras.

Fonte: G1

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