Um dos maiores reservatórios do Oeste potiguar sangrou na madrugada desta quinta-feira (4). O açude Mendubim fica em Assu, e tem capacidade para 76,3 milhões de metros cúbicos de água. O vídeo acima mostra o momento em que a água transborda sobre a parede do açude e também escorre pelo sangradouro. Agora são cinco os reservatórios da região 100% cheios. São eles:
Açude Mendubim, em Assu / Capacidade: 76.349.500 m³ / volume atual: 100%.
Açude Beldroega, em Paraú / Capacidade: 8.057.520 m³ / volume atual: 100%.
Açude Encanto, em Encanto / Capacidade: 5.192.538 m³ / volume atual: 100%.
Açude Riacho da Cruz II, em Riacho da Cruz / Capacidade: 9.604.200 m³ / volume atual: 100%.
Açude Pataxó, em Ipanguaçu / Capacidade: 15.017.379 m³ / volume atual: 100%.
A sangria do Açude Mendubim é motivo para festa na região. Com as cascatas de água que se formam nas escadarias do sangradouro, o local vira ponto de lazer e já começa a receber muitos visitantes em busca de um banho refrescante.
Açude Mendubim vira ponto de lazer e já começa a receber muitos visitantes — Foto: Jalisson Ferreira/Assú Notícia
Escadarias do sangradouro viram piscinas — Foto: Jalisson Ferreira/Assú Notícia
Açude Mendubim fica em Assu, e tem capacidade para 76,3 milhões de metros cúbicos de água — Foto: Sueldo Araújo
A capacidade hídrica total do Rio Grande do Norte é de 4,4 bilhões de metros cúbicos de água. Até esta quarta-feira (3), segundo o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), o acumulado nas bacias do estado somavam pouco mais de 1,1 bilhão de metros cúbicos – o que representa 25,67% da capacidade total de armazenamento.
Feita por drone, foto aérea mostra o Açude Mendubim — Foto: Bruno Andrade/BaDroneRN
Seca histórica
Os últimos sete anos foram castigantes no interior do Rio Grande do Norte. Com chuvas abaixo da média histórica, o estado enfrenta a seca mais severa de todos os tempos. As chuvas que caem desde o início do ano aliviam o sofrimento do sertanejo, mas ainda não são suficientes para reabastecer os grandes reservatórios e os efeitos ainda são preocupantes.
Dos 167 municípios potiguares, 148 estão em situação de emergência por causa da escassez de água – o que representa 88% do estado. Na lavoura e pecuária, por exemplo, os prejuízos somaram R$ 2,5 bilhões em 2018, segundo o governo do estado.
De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), atualmente cinco cidades (João Dias, Paraná, Pilões, São Miguel e Cruzeta) estão em colapso no bastecimento – que é quando a cobrança da conta é suspensa por não haver fornecimento – e outras 92 possuem algum sistema de rodízio.
Fonte: G1
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