Ao longo do ano de 2018, juízes do
Rio Grande do Norte julgaram 3.727 casos de violência doméstica. Somente nestes
dois primeiros meses de 2019, já foram 527 sentenças. Os números são da
Secretaria de Gestão Estratégica (SGE) do Tribunal de Justiça potiguar,
divulgados nesta quarta-feira (13).
Dona de casa ainda se recupera da agressão que sofreu. Ela teve quase que a metade de todo o couro cabeludo arrancado à faca — Foto: Ediana Miralha/Inter TV Cabugi
No dia 8 de março, quando foi
celebrado o Dia Internacional da Mulher, o G1 publicou uma matéria especial que
mostra que os casos de violência doméstica aumentaram no RN nos últimos dois
anos. A reportagem também conta a história de uma mulher que foi escalpelada
pelo próprio companheiro.
Atualmente, os municípios com maior
número de processos em tramitação envolvendo violência contra a mulher são:
Natal: 3.754 processos
Parnamirim: 2.156 processos
Mossoró: 561 processos
Macaíba: 387 processos
Outro dado apurado pela SGE é o de
medidas protetivas ativas: são atualmente 7.022 em vigor.
Essas medidas são mecanismos criados
pela Lei Maria da Penha para coibir a violência e proteger a vítima. Envolvem
determinações da Justiça como o afastamento do agressor do lar ou local de
convivência com a vítima, a fixação de limite mínimo de distância ou proibição
de contato.
Apenas no ano de 2018, o Poder
Judiciário concedeu 2.598 medidas de urgência, um número 34% acima do que foi
concedido em 2017.
Feminicídio
A estatística identificou ainda 34
processos em tramitação sobre o crime de feminicídio, quando a vítima é morta
em razão do menosprezo ou discriminação à condição feminina. A Lei nº
13.104/2015 definiu o feminicídio como uma qualificadora do crime de homicídio,
determinando penalidades mais duras e inafiançáveis a esses casos.
No Brasil, o crime de homicídio prevê
pena de 6 a 20 anos de reclusão. No entanto, quando for caracterizado
feminicídio, a punição parte de 12 anos de reclusão.
Fonte: G1
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