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segunda-feira, março 25, 2019

Rep. Democrática do Congo tem segundo pior surto de Ebola da história

A epidemia de Ebola na República Democrática do Congo já ultrapassou mil casos, disse o Ministério da Saúde na segunda-feira (25), com 629 mortos no segundo pior surto da história.

Funcionários de saúde pulverizam uma sala durante o funeral de Kavugho Cindi Dorcas, suspeito de morrer de Ebola em Beni, na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo — Foto: Goran Tomasevic/Reuters
Funcionários de saúde pulverizam uma sala durante o funeral de Kavugho Cindi Dorcas, suspeito de morrer de Ebola em Beni, na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo — Foto: Goran Tomasevic/Reuters

O ebola é uma febre hemorrágica, que causa vômitos, diarreia e sangramento, e mata mais da metade dos que ela infecta.

Os profissionais de saúde estão mais bem preparados do que nunca para esta epidemia mais recente. Novas tecnologias, como uma vacina experimental, tratamentos experimentais e unidades móveis futuristas em forma de cubo para o tratamento de pacientes, ajudaram a conter a disseminação do vírus.

Mas a desconfiança pública e a insegurança desenfreada nas regiões do leste da República Democrática do Congo, onde o Ebola atingiu a região, dificultaram a resposta, e consequentemente o combate à doença.

Cinco centros de Ebola foram atacados desde o mês de fevereiro, às vezes por agressores armados. A violência levou a organização médica francesa Médicos Sem Fronteiras (MSF) a suspender suas atividades no epicentro do surto.

Como resultado, agora é o surto é segundo mais mortal da história, atrás do surto de 2013-16 na África Ocidental, que acredita-se ter matado mais de 11.000 pessoas.

"O total agora é de 1.009 casos", disse o ministério em um comunicado, mas acrescentou: "a resposta, liderada pelo Ministério da Saúde em colaboração com seus parceiros, limitou a expansão geográfica".

Quarta-feira passada, as autoridades confirmaram um caso de Ebola em Bunia, outra cidade de quase 1 milhão de pessoas.

O International Rescue Committee (IRC), um grupo de ajuda humanitária, alertou que o número de casos estava aumentando e que o surto poderia durar mais seis a 12 meses em uma região assolada pela violência e pela pobreza.

Unidade do Médicos Sem Fronteira queimada após ataque na República Democrática do Congo — Foto: Laurie Bonnaud/MSF/Handout via REUTERS
Unidade do Médicos Sem Fronteira queimada após ataque na República Democrática do Congo — Foto: Laurie Bonnaud/MSF/Handout via REUTERS

Fonte: G1

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