RN tem 497 mil pessoas sem trabalho, aponta IBGE

O Rio Grande do Norte ampliou, no final de 2018, o número de pessoas sem trabalho em 5,74%. A soma dos desocupados, desalentados e indisponíveis para a atividade laboral saltou de 470 mil no último trimestre de 2017 para 497 mil no mesmo período do ano passado. Apesar do crescimento, a variação é considerada estável para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) nesta sexta-feira, 22.

Setor da construção civil fechou 14 mil postos de trabalho no Rio Grande do Norte ao longo de 2018 

Os números relativos ao Rio Grande do Norte foram detalhados pelo coordenador da PNADC no Estado, Samuel Apolinário Marques. Ele apresentou que a taxa de desocupação no Estado subiu de 12,3% em 2017 para 13,4% no final de 2018. “A taxa de desocupação é o percentual de pessoas que procuraram trabalho, estavam disponíveis, mas não o encontraram em relação à força de trabalho. A variação no Estado de um ano para outro ficou estável, sem relevância estatística”, disse Samuel Marques. 

O maior número de desocupados no Estado, conforme consta na PNADC, se concentra em Natal. A capital fechou o ano passado com taxa de desocupação em 15,6%. Na Região Metropolitana, o índice ficou em 13,9%. Em números absolutos, o Estado tinha 209 mil desocupados em 2018.

Samuel Marques chamou atenção para a queda no número de trabalhadores domésticos com carteira assinada em 2018: -8 mil postos de trabalho, o que caracteriza ampliação da informalidade. Outro número destacado foi o relativo ao de empregadores: redução de 17 mil no ano. Desses, 15 mil tinham inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). A maioria deles, porém, sem baixa perante a Junta Comercial do Estado (Jucern). Um dos mais importantes setores geradores de emprego no Estado, a construção civil, fechou 14 mil postos de trabalho no quarto trimestre de 2018 em comparação com o terceiro trimestre do mesmo ano. Ampliada a base comparativa, tomando como base o número de pessoas ocupadas no setor no quarto trimestre do ano passado frente ao quarto trimestre de 2017, há uma diferença de 25 mil postos de trabalho. 

No Nordeste, na mesma base comparativa, a taxa de desocupação também aumentou: de 13,8% para 14,4%. No Brasil, houve queda: 11,8% em 2017 para 11,6% no final de 2018.  

Compare abaixo os números do mercado de trabalho no Estado em 2018 e 2017

Ano 2018

1,350 milhão pessoas ocupadas;

209 mil desocupados (pessoas que procuraram trabalho, estavam disponíveis, mas não o encontraram) no Estado. 

Em 2017 eram 186 mil;

105 mil na Região Metropolitana de Natal;

67 mil em Natal;

82 mil indisponíveis (pessoas que procuraram emprego mas não poderiam assumir um posto de trabalho no período da entrevista por motivo de saúde, estavam estudando ou cuidando de alguém doente, por exemplo, caso houvessem encontrado vagas no mercado) no Estado. Em 2017 eram 93 mil;

205 mil desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho) no Estado. Em 2017 eram 191 mil.

Fonte: PNADC / IBGE / TRIBUNA DO NORTE