A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (28), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, três funcionários dos Correios. Eles são suspeitos de desviar encomendas internacionais.
PF prende funcionários dos Correios suspeitos de apossarem-se de encomendas internacionais — Foto: Divulgação/PF
Eles foram presos dentro do Centro Internacional de Curitiba (Ceint) dos Correios, durante o expediente, no começo desta manhã. Dos três investigados, dois são funcionários efetivos da empresa e um é terceirizado.
Além dos três mandados de prisão temporária em Pinhais, os policiais também cumpriram quatro mandados de busca e apreensão - três em Curitiba e um em Pinhais.
A PF não descarta outras prisões com a continuidade das investigações. Ao todo, seis pessoas são investigadas pelo esquema. A prisão das outras três pessoas chegou a ser pedida pela polícia, mas não foi autorizada pela polícia. O motivo não foi informado.
Trio foi preso dentro do Centro Internacional de Curitiba (Ceint) dos Correios, em Pinhais, na Região de Curitiba — Foto: Wesley Cunha/RPC
Os suspeitos trabalhavam no setor de triagem de objetos internacionais. Conforme a PF, eles agiam de forma dissimulada e rompiam encomendas internacionais, apropriando-se, assim, do conteúdo delas.
Ainda de acordo com a polícia, a atuação do grupo era constante e verificou-se que os presos ficavam com diversos objetos, inclusive drogas sintéticas que eram ilegalmente enviadas para o Brasil.
"O líder do grupo possuía treinamento de raio-X. Ele era o responsável, antigamente, por encontrar as drogas. Só que ele saiu do setor e trabalhava no de triagem, fazendo o caminho inverso, pegando as drogas para ele mesmo", disse o delegado da PF Rodrigo da Silva.
Ainda conforme o delegado, o preso apontado como chefe do grupo cheirava envelopes para detectar a presença ou não de drogas. "Daí, ele pegava e passava para outros funcionários dos Correios", afirmou.
Além de ecstasy, os policiais também apreenderam cédulas de dinheiro estrangeiro, anabolizantes, moedas, selos e outros objetos.
Os presos podem ser indiciados pelos crimes de associação criminosa e peculato, além de tráfico de drogas internacional, contrabando e outros crimes.
O delegado descartou a relação entre a demora nas entregas com o esquema investigado nessa operação.
O que dizem os Correios
Em nota, os Correios disseram que "detectaram a atividade suspeita dos empregados e imediatamente acionaram a Polícia Federal, que iniciou as investigações e realizou as prisões".
Afirmaram, ainda, que "os empregados terceirizados serão desligados e os concursados serão submetidos a processos administrativos disciplinares, que podem culminar em demissão".
A empresa destacou também que "a conduta dos detidos não condiz com as normas da instituição e não reflete o comportamento do seu quadro de pessoal".
Conforme a PF, eles ficavam até mesmo com drogas sintéticas enviadas ilegalmente para o país — Foto: Divulgação/PF
Durante as buscas, os policiais também apreenderam cédulas de dinheiro — Foto: Divulgação/PF
Fonte: G1
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