Entrou em vigor nesta terça-feira (12) o acordo que determina a mudança de nome da Macedônia para Macedônia do Norte. A troca põe fim – ao menos por enquanto – no impasse entre essa antiga república da Iugoslávia e a vizinha Grécia.
Bandeira da Macedônia do Norte, que passou a adotar o novo nome nesta terça-feira — Foto: Dragan Perkovksi/AP Photo
Agora, as autoridades e os habitantes do país rebatizado terão de fazer uma série de ajustes para se adequarem. Placas de rua, passaporte e a moeda, por exemplo, precisam levar o nome Macedônia do Norte.
Em quatro meses, as placas dos carros ganharão a abreviatura NMK, e não só MK. Os países integrantes da ONU também devem ser notificados da mudança.
Por que mudou de nome?
Placa na fronteira da Grécia com a Macedônia do Norte terá de ser atualizada — Foto: Boris Grdanoski/AP Photo
Desde 1991, o governo grego se opunha ao uso do nome Macedônia pelo novo país vizinho porque a Grécia tem uma província no norte com o mesmo nome. Por causa desse impasse, a Grécia bloqueou as negociações de adesão de seu vizinho da Otan e à União Europeia (UE).
Em junho, as duas partes chegaram a acordo para acrescentar o sufixo "do Norte" à Macedônia. Desde então, as capitais Atenas e Skopje receberam uma série de protestos contra e a favor da mudança.
"Talvez seja o início de uma longa amizade entre a Grécia e a Macedônia do Norte. Não podemos mudar nosso passado, mas podemos e vamos moldar nosso futuro de amizade, parceria e cooperação", disse o ministro das Relações Exteriores macedônio, Nikola Dimitrov.
Macedônia do Norte e a Otan
Bandeira da Otan é hasteada em prédio do governo da Macedônia do Norte, em Skopje — Foto: Dragan Perkovksi/AP Photo
Com a troca do nome, a Macedônia do Norte poderá, enfim, entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Todos os países da aliança precisam ratificar a entrada de um novo integrante.
Agora que a Grécia aceitou incluir o vizinho no bloco, a tendência é de que a Macedônia do Norte se torne o 30º país da Otan.
Ano passado, foi a vez de Eswatini
O rei Mswati III assumiu o poder em 1982 — Foto: Mongi Zulu/AFP
O acréscimo do sufixo "do Norte" na antiga Macedônia é a segunda troca de nome de país em menos de um ano. Em abril de 2018, a Suazilândia – pequeno reino no sul da África – passou a se chamar Eswatini por decisão do rei Mswati III.
Segundo a BBC, a mudança de nome revoltou parte da população, que acredita que o rei deveria se concentrar na condução da fraca economia local. O país, que tem 1,3 milhão de habitantes, é a última monarquia absolutista da África – nos últimos anos, manifestantes têm pedido mudanças do regime para uma democracia.
Fonte: G1
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