As chuvas que caíram no primeiro mês do ano ajudaram a recuperar o volume de água acumulada nas principais reservas hídricas do Rio Grande do Norte. Dados do Instituto de Gestão das Águas do Estado do RN (Igarn) mostram que, em janeiro, o volume médio das bacias potiguares chegou a 21,54% - o melhor início de ano desde 2016, que acumulava 18,45% naquela época.
Barragem de Santa Cruz, em Apodi — Foto: Anderson Barbosa/G1
Em comparação só com o ano passado, o aumento no volume de água armazenada praticamente dobrou. Em janeiro de 2018, a reserva hídrica do estado estava em 10,39%.
O Rio Grande do Norte vem de 7 anos seguidos de chuvas abaixo da média histórica. Significa que o estado enfrenta o mais longo período de estiagem que se tem notícia. Prova disso são os sucessivos decretos de situação de emergência publicados pelo governo estadual em razão da seca. De seis em seis meses, o decreto vem sendo renovado. O último, publicado em setembro do ano passado, foi o 11º. E ele deve ser renovado mais uma vez já no mês que vem.
Atualmente, a União reconhece que 147 dos 167 municípios potiguares estão em situação de emergência por conta dos efeitos severos da falta de chuvas – o que representa 88% do estado.
Bacias
Ainda de acordo com o Igarn, a bacia Apodi/Mossoró, é a que apresenta melhor nível. Com capacidade para armazenar pouco mais de 1,1 bilhão de metros cúbicos de água, ela chegou a 26,97% de sua capacidade em janeiro.
Já a maior do estado, a bacia Piranhas/Assu, tem capacidade para quase 3 bilhões de metros cúbicos de água e acumulou 20,14% em janeiro .
Em seguida vem a bacia Ceará-Mirim, com capacidade para 136 milhões de metros cúbicos de água, e que acumulou 15,71% no primeiro mês do ano.
Por fim, tem a bacia Potengi, acumula até 113 milhões de metros cúbicos de água, e que no início do ano estava com pouco mais de 15,40% de sua capacidade.
A capacidade hídrica total do Rio Grande do Norte é de 4,4 bilhões de metros cúbicos de água.
Previsão
O semiárido potiguar, que abrange as regiões Central, Oeste e parte do Agreste do Rio Grande do Norte, terá um volume de chuvas dentro da média para o trimestre março, abril e maio de 2019. A informação foi divulgada pelos meteorologistas do Nordeste e do Cptec/Inpe, na semana passada.
Fonte: G1
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