quinta-feira, fevereiro 14, 2019

Brasil confirma 2º caso de febre do Nilo Ocidental da história

O Brasil confirmou o segundo caso de febre do Nilo Ocidental de sua história, segundo informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (14). O caso foi notificado em 2017, mas os laudos conclusivos foram obtidos em janeiro deste ano.

Pernilongo Culex é transmissor da febre do Nilo Ocidental — Foto: Wikimedia Commons
Pernilongo Culex é transmissor da febre do Nilo Ocidental — Foto: Wikimedia Commons

A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada pela transmissão do mosquito Culex (mosquito comum). É uma arbovirose, assim como a dengue, a zika e a chikungunya. De acordo com o ministério, não existe tratamento disponível para os casos leves e moderados – o paciente fica em repouso e com reposição de líquidos. Na versão grave da doença, há necessidade de acompanhamento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Sintomas
Cerca de 20 % dos indivíduos desenvolvem os sintomas da febre do Nilo:

febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;
anorexia;
náusea;
vômito;
dor nos olhos;
dor de cabeça;
dor muscular;
exantema máculo-papular (manchas vermelhas na pele) e linfoadenopatia (nódulo geralmente atrás da orelha).
O primeiro caso foi registrado no país em 2014, na cidade de Aroeiras de Itaim, no Piauí. Na época, em entrevista ao G1, o agricultor Francisco Raimundo de Lima contou que perdeu o movimento das pernas.

O segundo registro da história também é do Piauí, no município de Picos. O paciente teve "manifestações neurológicas". A notificação ocorreu em 2017, mas a confirmação por laudo foi feita em janeiro deste ano. Segundo o ministério, "o achado revela a recorrência da circulação do vírus na região e reforça a importância das ações de vigilância e investigação" da doença.

Em 2018, a doença atingiu 1.505 pessoas e causou 115 mortes na Europa. Somente na Itália, foram 35 mortes devido à infecção. O Ministério da Saúde disse que o novo caso confirmado no Brasil não está relacionado com esses registros internacionais, já que a notificação ocorreu no ano anterior ao surto nos países europeus.

Fonte: G1

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