O Ceará teve a primeira madrugada sem atentados, depois de quase duas semanas de violência.
O último ataque aconteceu na noite desta segunda-feira (14). O ônibus ficou completamente destruído, mas ninguém se feriu. Nas ruas, o policiamento segue reforçado. As trocas de turno, no comando da PM, dão uma ideia do contingente: são de 400 a 500 militares nas ruas por vez. E mais 1.200 que estavam na reserva começaram a se apresentar nesta terça, depois da convocação do governo do estado.
"Eles vão para o policiamento ostensivo. Devem ocupar viaturas, motos. O mesmo serviço de polícia que todos trabalham. Não vamos ter distinção entre quem foi convocado ou está na ativa", diz o coronel da PM, Jano Emanuel Marinho.
Os policias que se apresentaram nesta terça já vão sair às ruas nesta quarta (16), às 15h, para fazer o patrulhamento e participar de operações especiais com o restante da corporação.
Entre os que estão na reserva há no máximo cinco anos, só foram dispensados aqueles que moram fora do Ceará. Os outros tem até esta quarta-feira (16) para comparecer ao batalhão e preencher uma ficha onde se declaram aptos para voltar ao trabalho. Vão receber uma gratificação que varia de R$ 900 à R$ 1.300, além do salário da reserva.
"Passei 35 anos na ativa. Então, eu estou aqui para prestar mais um pouco de serviço que eu ainda posso servir, prestar à minha corporação", conta o tenente da reserva José Alberto Fernandes.
O tenente Eduardo foi para a reserva no mês passado. Nem deu tempo de planejar o descanso. "Para mim é uma honra voltar e servir, porque o estado está necessitando do nosso potencial", diz o tenente da reserva Eduardo Almeida Donge.
Enquanto isso, a população tenta voltar à rotina. Mas reflexos da maior onda de ataques do Ceará ainda estão por algumas ruas, como o lixo acumulado por causa da coleta ainda irregular depois dos incêndios aos caminhões.
Fonte: Jornal Nacional
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