FOTO: DIVULGAÇÃO/HARAS BOM PASTO
O Rio Grande do Norte possui atualmente um rebanho de mais de 40,3 mil cavalos segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agora, proprietários de haras e pequenos criadores de cavalos têm a chance de ampliar o número de animais de alto padrão. O Sebrae no Rio Grande do Norte está lançando uma experiência piloto para levar inovação tecnológica a esses criadores com o projeto GenePotro, que vai estimular e subsidiar em até 70% serviços de melhoramento genético para o rebanho equino do estado.
As adesões podem ser feitas até o dia 20 deste mês em qualquer unidade do Sebrae. Informações pelo 0800 570 0800. A iniciativa conta com o apoio da Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc) e da Associação Norte-riograndense dos Criadores de Quarto de Milha (ANQM).
O programa foi lançado oficialmente na terça-feira (3) e segue os moldes do bem sucedido projeto Leite e Genética, que é desenvolvido pelo Sebrae só que voltado para a bovinocultura. O projeto oferece serviços de reprodução animal, utilizando a biotecnologia. Todos os procedimentos serão feitos na Central Bom Pasto, um moderno haras especializado na criação de cavalos desde 1978 é que disponibiliza serviços nessa área. O centro, que é parceiro do Sebrae e executor tecnológico do GenePotro, fica localizado no município de Serrinha, no Agreste Potiguar.
“A cadeia produtiva do cavalo é extremamente importante hoje para a economia do Rio Grande do Norte porque está presente em todos os municípios do estado, seja com a cavalgada seja com as vaquejadas. Pretendemos com projeto GenePotro facilitar o acesso às biotecnologias inovadoras que irão promover o melhoramento genético dos rebanhos de equinos. Com esse melhoramento genético, é possível ampliar o poder de competitividade do setor perante toda a cadeia”, explica o gestor do projeto, Acácio Brito.
Subsídio
A maior parte dos custos será coberta pelo programa Sebraetec, que subsidiam em até 70% serviços de inovação tecnológica, ficando para o criador participante uma contrapartida de apenas 30% do valor do serviço. A expectativa do Sebrae é investir em torno de R$ 400 mil com as ações.”Esse trabalho que estamos fazendo na bovinocultura tem sido referência para instituições de outros estados. Isso é inovação tecnológica. É uma revolução porque estamos melhorando a qualidade genética do rebanho do Rio Grande do Norte”, destacou o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, comparando o trabalho que será desenvolvido na área de equinos com o que já é feito com os bovinos.
Pela iniciativa, serão disponibilizados pacotes para os serviços de transferência de embriões, inseminação de reprodutoras, congelamento de sêmen de cavalo e a sexagem de sêmen equino, uma das novidades no Brasil e no mundo. Todas as raças equinas serão beneficiadas pelo trabalho. A propostas é atender com esse piloto entre 30 e 50 criadores potiguares neste ano de 2018. “Por se tratar de um projeto piloto, vamos avaliar a demanda, a aceitação do público, para que a partir de 2019, dependendo de como seja o desempenho do trabalho esse ano, a gente poder fazer um trabalho mais robusto”, justifica Acácio Brito.
Aprovação
Representantes de associações ligadas à criação de animais elogiaram a iniciativa do Sebrae durante o lançamento do projeto. “Enquanto criador queremos agradecer pelo trabalho que o Sebrae vem desenvolvendo principalmente por estar incentivando o desenvolvimento de embriões porque não é fácil criador de cavalos”, diz o presidente da ANCM, João Hélder.
Opinião semelhante tem o presidente da Anorc, Marcelo Passos. “Somos um estado com muitas potencialidades e o quarto de milha de vaquejada é uma delas, tornando o Rio Grande do Norte um celeiro desses cavalos de vaquejada no Brasil. Não tenho dúvidas de que o GenePotro é um programa que vai democratizar a genética entre os nossos criadores”
Para o presidente da Central Bom Pasto, Júnior Teixeira, o projeto é inovador e vai trazer a mais moderna técnica de reprodução de equinos do mundo, a sexagem de sêmen de garanhões. “Isso ficará para sempre marcado no rebanho equino potiguar”.
Fonte: Portal no Ar
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