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domingo, julho 01, 2018

Irmã caçula da menina de 12 anos suspeita de matar a mãe em Pinheiro Machado estava na casa no momento do crime, diz delegado

Vítima foi enterrada no pátio de sua casa (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Vítima foi enterrada no pátio de sua casa (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Uma menina de seis anos, irmã da adolescente de 12 que é suspeita de matar a mãe com a ajuda do namorado, estava na casa no momento do crime, segundo o delegado Luis Eduardo Sandim Benites. A morte ocorreu na quinta-feira (28), em Pinheiro Machado, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul.

Segundo informações da Polícia Civil, o corpo da mulher foi enterrado no pátio da residência. A vítima tinha 37 anos e era empregada doméstica. O casal confessou o crime.

"A família não aceitava o relacionamento, me parece, principalmente, que a mãe fazia restrições. Com isso, a jovem e o rapaz acabaram praticando a execução da genitora dessa menina", explica o delegado.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Bagé. A criança de seis anos ainda não foi ouvida e deve ter um depoimento especial. O pai das meninas é trabalhador rural e não estava em casa no momento em que a mulher foi morta.

A família da adolescente já havia registrado ocorrência contra o jovem de 16 anos por estupro de vulnerável. Pela lei, menores de 14 anos não podem manter relações sexuais, nem com autorização.

"O rapaz tem 16 anos, a menina tem 12 e a lei veda, porque nós temos a questão de estupro de vulnerável. A relação sexual de menores de 14 anos, mesmo com consentimento, não é válida e constitui crime", explica Benites.

A vítima foi morta com um martelo, que foi enterrado junto com o corpo. Pela forma como ocorreu a morte, o delegado acredita que o crime pode ter sido premeditado.

"Por todos os elementos que foram verificados no local, há uma tendência de que houve um planejamento", afirma.

O crime foi descoberto porque na sexta-feira (29) o jovem contou para um familiar sobre o assassinato, que chamou a Brigada Militar e acionou o Conselho Turtelar.


Os dois jovens serão encaminhados ao Ministério Público, que deve pedir a intervenção deles. O menino deve ser levado para Pelotas, e a menina, para Porto Alegre. Eles devem responder por homicídio e ocultação de cadáver.

"A princípio, ela (suspeita) não demonstrava emoção em relação ao fato, talvez pela própria situação, uma anestesia moral ou até por estado de choque, mas isso nós não temos condições de avaliar", afirma o delegado.

Fonte: G1

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