O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai investigar indícios de irregularidades, denunciados pela chapa de oposição, na eleição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Estado do Rio Grande do Norte (Sinte-RN). Uma audiência na sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 21ª Região está marcada para logo mais às 14h30 desta quinta-feira, 7.
A audiência foi marcada em caráter de urgência já que, conforme a notificação assinada pelo procurador Xisto Tiago de Medeiros Neto, a qual o PORTAL NO AR teve acesso, existe “situação de suposta irregularidade na lisura e transparência da eleição para a direção do sindicato”, e “o pleito está marcado para o próximo dia 11”.
“Não sabemos quem são os sindicalizados aptos ao voto nem qual será o roteiro das urnas. Tudo isso porque a atual gestão ainda não nos passou. Então, em documento enviado à Procuradoria fizemos esse pedido, e a expectativa é de que nesta audiência o MPT cobre as informações formalmente”, explicou Luciana Lima, candidata de oposição a Fátima Cardoso, atual coordenadora-geral do Sinte/RN, que tenta a reeleição.
O PORTAL NO AR também teve acesso ao documento protocolado junto ao MPT e recebido pelo procurador do Trabalho Xisto Tiago. O pedido de acompanhamento e fiscalização da eleição que a oposição formalizou alega que “o processo eleitoral foi instaurado em uma assembleia esvaziada, sem a mobilização da categoria, que elegeu uma comissão eleitoral toda indicada pela atual diretoria, sem transparência e controle na elaboração da lista de votantes”.
Ainda de acordo com o documento, “a ofensa aos princípios democráticos, o histórico de eleições passadas, a falta de transparência e controle na elaboração da lista de votante, violam as garantias de liberdade e autonomia sindicais e por si justificam a atuação do Ministério Público do Trabalho”.
Além da acusação de dificultar as eleições do sindicato que dirige, Fátima Cardoso também foi denunciada ao MPT pela prática de agiotagem por emprestar dinheiro a juros de 7% ao próprio Sinte, prática que ela mesma admitiu em nota. Contra a coordenadora ainda pesa a denúncia de arrecadação ilícita de contribuição sindical.
Fonte: Portal no Ar
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