Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir as conduções coercitivas de réus e de investigados, integrantes da Lava Jato já dizem que devem aumentar os pedidos de prisão temporária (com prazo de cinco dias).
Segundo esses investigadores, a condução coercitiva era utilizada justamente em substituição à prisão temporária. E, por isso, o uso do instrumento deve aumentar a partir de agora.
Nas palavras de um integrante da Operação Lava Jato, a decisão do Supremo representa um "revés". Mas, ao mesmo tempo, não se deve dar uma importância exagerada, pois haverá um instrumento mais forte para ser utilizado em caso de necessidade.
"Se o objetivo de alguns era afetar a Lava Jato, isso não ocorrerá, de fato. Mas, certamente, gera um clima negativo", ressaltou.
Outro integrante da Lava Jato reforça o mesmo raciocínio, argumentando que a condução coercitiva garante ao acusado a chance de não ser preso temporariamente.
Um caso recente é relembrado por investigadores para reforçar a tese: a prisão temporária de José Yunes, João Baptista Lima Filho e Wagner Rossi.
Yunes é ex-assessor especial do presidente Michel Temer. Lima Filho é amigo de Temer e ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo. Wagner Rossi é ex-ministro da Agricultura.
Eles foram presos pela Polícia Federal na Operação Skala, que investigou supostas irregularidades na edição, por Temer, do decreto dos portos. O presidente é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal que trata do assunto.
Fonte: G1
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