A Justiça mandou prender o vereador Mario de Abreu Filho (PSDB), de São Bernardo do Campo, no ABC. Ele foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por corrupção passiva, concussão (que é o ato de exigir para si vantagem indevida) e organização criminosa quando ocupava o cargo de secretário municipal de Gestão Ambiental da cidade.
A investigação do MP descobriu um esquema de corrupção na pasta por meio de um grupo de bate-papo no celular em novembro do ano passado.
Como ele ainda não foi encontrado, é considerado foragido. A defesa do vereador disse que entrou com recurso para impedir a prisão.
A decisão da Justiça também atinge os outros seis investigados e denunciados pela Operação Barbatana. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, o pedido de prisão foi feito depois que um deles coagiu uma testemunha.
A defesa do vereador afirmou que em momento algum ele ameaçou qualquer testemunha do processo.
Evidências
Segundo o MP, uma das funcionárias nomeadas pelo ex-secretário, Patrícia Martiniano da Rocha, contou em uma mensagem que tinha comprado o cargo. Uma testemunha viu e denunciou para a Promotoria.
Em depoimento, a funcionária disse que deu um carro e pagou R$ 800 do próprio salário por dez meses para Mario de Abreu. O dinheiro era entregue para uma secretária dele.
A investigação revelou que o caso dela não era o único. O então secretário foi demitido depois da operação, mas voltou a ocupar a cadeira de vereador na Câmara da cidade.
“Nós observamos um esquema de corrupção baseado em compras de cargos, vendas, negociações de licenças e autorizações ambientais, nomeações de funcionários fantasmas”, explicou a promotora, Maria Cecília Nacle, em uma entrevista em dezembro de 2017.
Os outros cinco denunciados não foram encontrados e também são considerados foragidos.
Fonte: G1
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