Upa de Cidade da Esperança é um das unidades com telefones cortados em Natal. (Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi)
Por falta de telefone, pacientes não estão conseguindo transferência entre unidades públicas de saúde do município de Natal e do estado, para fazer exames e procedimentos pedidos pelos médicos. O caso é confirmado por familiares e servidores que dizem que, com linhas cortadas desde a segunda-feira (18), não têm como entrar em contato com as outras unidades, na chamada regulação.
Um dos casos é o da mãe da técnica de enfermagem Leila Aparecida. A idosa de 83 anos ficou com um corte na cabeça após sofrer uma queda em casa, nesta quinta-feira (21). Socorrida à UPA de Cidade da Esperança, na Zona Oeste da capital, a mulher foi atendida, mas precisava passar por uma tomografia, que é oferecida no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, na Zona Leste da capital.
"Mas ai nos informaram que eles não tinham como ligar, porquer não tinha telefone. Um absurdo. Usei meu próprio celular para tentar o exame. Tirei minha mãe da UPA e estou levando ela por meios próprios para tentar fazer. Imagina quem não pode", disse Leila. "Ela está consciente, mas ainda sentindo tonturas", acrescentou.
O G1 entrou em contato com a Unidade de Pronto-Atendimento por telefone, mas os servidores informaram que não conseguem fazer ligações desde a segunda-feira (18), quando os telefones foram cortados, apenas recebem chamadas. Até mesmo o Samu Natal estaria sem telefone, de acordo com eles.
"A gente sabe que a saúde está com muitos problemas, mas não ter um telefone é demais. O próprio paciente ter que ir atrás, não dá", considerou Leila.
Tanto a UPA, quanto o Samu Natal são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com a pasta, os telefones das unidades de saúde do município foram cortados por falta de pagamento. Mas o erro teria sido gerado pela própria empresa que presta o serviço, que teria enviado a nota de pagamento atrasada, apenas nesta quinta-feira (21).
Ainda de acordo com a secretaria, o pagamento será feito o mais rápido possível, para retomada do serviço. Não foi informado nenhum procedimento que deve ser feito nesse período, enquanto as unidades estão sem telefone.
Também há linhas cortadas no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, entretanto servidores teriam recebido aparelhos celulares para fazer as chamadas. O G1 ainda aguarda retorno da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela unidade, que foi procurada para explicar o motivo.
Fonte: G1
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