Botafogo e Ceará ficaram apenas no empate por 0 a 0 na noite desta quarta-feira, no Nilton Santos, resultado tão ruim para os dois clubes quanto o jogo. O Alvinegro carioca volta a tropeçar em casa, perde a chance de se reaproximar do G-6 e vê a impaciência da torcida aumentar, com muitas vaias no apito final. Por sua vez, o Vozão desperdiçou a oportunidade de jogar com um a mais nos minutos finais, continua sem vencer no Campeonato Brasileiro e segue na lanterna.
BRUXA SOLTA
Além de um jogo muito ruim tecnicamente, as duas equipes ainda sofreram com a bruxa solta no Nilton Santos. Valdo saiu com uma torção no tornozelo logo no primeiro lance do jogo. Fabinho, também do Ceará, deixou o segundo tempo mancando muito após se machucar e precisar ser substituído. Pelo lado do Botafogo, Carli levou uma pancada na costela e, chorando muito, pediu para sair. E Yago sofreu dois choques de cabeça, com o goleiro Éverson e com o chão na queda, foi retirado na ambulância e levado ao Hospital Pasteur.
ESPECIAL SÓ PARA JEFFERSON
Se teve alguém com motivos para comemorar na noite desta quarta no Nilton Santos foi Jefferson. O goleiro não sofreu gols e se isolou como o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do Botafogo, com 454 jogos (atrás apenas de Nilton Santos e Garrincha):
- Sou muito tranquilo, só estava pensando em vencer, depois vou comemorar com minhas filhas. Quero agradecer o carinho dos torcedores, glorifico a Deus por essa marca histórica por ter me dado força para chegar até aqui. Essa camisa vai para o quadro em casa, vou guadar de recordação".
O JOGO
Tecnicamente, o jogo foi sofrível para quem assistiu. Muito suor, pouca inspiração. O Botafogo criou pouco, suas melhores chances foram em chutes de fora da área, acabou abusando muito dos chuveirinhos sem sucesso, e no segundo tempo ainda faltou perna. O Ceará cumpriu com eficiência o que se propôs a fazer, que era se defender, mas o estreante Lisca colocou o time para frente quando viu o adversário com menos um - Yago saiu machucado quando Valentim já havia feito suas alterações -, e faltou qualidade na frente.
DEDO DO TÉCNICO
Recém anunciado após a saída de Jorginho, Lisca nem teve tempo de trabalhar direito. Comandou apenas um treino e foi para sua reestreia no comando do Ceará. Mas só sua chegada já foi suficiente para uma evolução do time, que vinha de quatro derrotas seguidas. Os jogadores mostraram vontade e compraram a ideia do treinador nesta primeira partida. Se tivesse caprichado um pouquinho mais na frente, poderia até ter vencido.
Fonte: Globo Esporte
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