Eitan Naeh, embaixador de Israel em Ancara, em imagem de arquivo (Foto: Adem Altan/AFP)
A Turquia solicitou nesta terça-feira (15) ao embaixador de Israel em Ancara que deixe o país temporariamente em protesto pela morte de dezenas de palestinos por soldados de Israel nesta segunda-feira na Faixa de Gaza, indicou uma autoridade turca.
O embaixador, Eitan Naeh, foi convocado pelo ministério das Relações Exteriores para uma reunião em que foi solicitado que "regresse a seu país durante um tempo".
Israel reagiu expulsando o cônsul-geral da Turquia em Jerusalém.
Na segunda-feira (15) Ancara já havia chamado os embaixadores do país em Washington e Tel Aviv para consultas em protesto pela morte de dezenas palestinos durante as manifestações contra a mudança da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém.
Reunião de países muçulmanos
O porta-voz do governo da Turquia, Bekir Bozdag, anunciou a convocação de uma reunião de emergência da Organização da Conferência Islâmica (OCI), que reúne cerca de 50 países muçulmanos. A Turquia preside a OCI neste ano.
Manifestantes protestam nesta terça-feira (15) em Diyarbakir, na Turquia, com boneco do presidente americano Donald Trump contra transferência da embaixada dos EUA de Tel Avivi para Jerusalém (Foto: Sertac Kaya/Reuters)
"O Estado terrorista de Israel e os Estados Unidos, que protegem este Estado terrorista, e todos os que os apoiam serão obrigados a deixar Jerusalém", afirmou Bozdag ao fazer o anúncio.
A Turquia também pedirá uma sessão da Assembleia Geral da ONU para discutir a mudança da embaixada americana para Jerusalém. "Mais uma vez, os EUA estão ficando sozinhos e perderam sua qualidade de mediador para buscar a paz na região", concluiu Bozdag.
Bozgad classificou de "massacre" a morte de dezenas de manifestantes palestinos em Gaza. O porta-voz afirmou que os EUA têm a mesma responsabilidade que Israel pela violência.
Fonte: G1
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