Os restos de ossos encontrados pela Polícia Civil em locais identificados como usados para incinerar os corpos de vítimas de criminosos do Morro do Dezoito, na Zona Norte do Rio, são de animais.
Os investigadores estiveram na comunidade na última segunda-feira (14) para tentar confirmar a versão de que Matheusa, estudante da Uerj transexual que se identificava com identidade de gênero não-binária, quando não se considera nem homem e nem mulher, teria sido executada e o corpo teria sido queimado.
Um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foi atingido na operação e levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea.
Messias Gomes Teixeira, conhecido como Feio, apontado pela Polícia Civil como chefe do tráfico de drogas na região, será indiciado pela morte da jovem.
Messias Gomes Teixeira, conhecido como Feio, é apontado como chefe do tráfico de drogas no Morro do Dezoito. (Foto: Reprodução/ TV Globo)
A ação conta com agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e com um helicóptero blindado da Polícia Civil. A jovem estava desaparecida desde 29 de abril.
De acordo com as investigações, Matheusa foi morta por integrantes de uma facção criminosa ao entrar no Morro do Dezoito. A jovem tinha acabado de sair de uma festa, estava desnorteada e tirou as roupas.
Matheusa teria sido capturada por criminosos e não soube explicar por que estaria naquela situação. Os criminosos submeteram a estudante a um julgamento e a executaram.
De acordo com informações obtidas pelo G1 e confirmadas a familiares de Matheus, os policiais consideram que há "fortes indícios" de que o corpo da estudante tenha sido queimado. O motivo do crime ainda é investigado.
No dia 6 de maio, a irmã dela escreveu um desabafo em uma rede social sobre a morte da estudante de artes visuais. No texto, ele diz que Matheusa, como a chamava, foi "executada".
"A angústia se transformou no trabalho compartilhado de encontrar a pessoa que mais amei e acompanhei durante a vida. Infelizmente as últimas informações que chegaram até nós e até a instituição pública que está desenvolvendo o processo de investigação demonstram diferentes faces da crueldade a qual estamos submetidos", escreveu.
Policiais civis fazem operação na comunidade onde a estudante Matheusa Passarelli foi morta, na Zona Norte do Rio. (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Dias antes de ser morta, Matheusa falou sobre a busca por um novo local para morar. (Foto: Matheus Passarelli/ Facebook)
Fonte: G1
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