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quarta-feira, maio 16, 2018

PF pede mais 60 dias de prazo para concluir inquérito sobre Temer, Moreira e Padilha

A Polícia Federal pediu nesta terça-feira (15) mais 60 dias para concluir o inquérito que investiga o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), todos do MDB.

O pedido foi enviado ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso na Corte.

Antes de decidir, Fachin deverá encaminhar o pedido para análise da Procuradoria Geral da República (PGR).

O inquérito apura o suposto de pagamento de propina pela Odebrecht na Secretaria de Aviação Civil quando a pasta foi comandada pelo MDB.

Embora o inquérito tenha sido aberto em março do ano passado, Temer só foi incluído entre os investigados em março deste ano.

O presidente Michel Temer (centro), entre os ministros Eliseu Padilha (esq.) e Moreira Franco (dir.) (Foto: Marcos Corrêa/PR)
O presidente Michel Temer (centro), entre os ministros Eliseu Padilha (esq.) e Moreira Franco (dir.) (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Entenda
O caso se refere a um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, em que teria sido acertado o repasse de R$ 10 milhões supostamente ilícito pela Odebrecht ao MDB.

O delator Cláudio Mello Filho, ex-executivo da empreiteira, disse ter participado de um jantar com Padilha, Marcelo Odebrecht e Temer para discutir o assunto. O presidente já admitiu que houve o jantar, mas sempre disse que eles não falaram de valores.

Segundo a Procuradoria Geral da República, integrantes do grupo político liderado por Temer "teriam recebido recursos ilícitos da Odebrecht como contrapartida ao atendimento de interesses da empreiteira pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República".

Inquérito dos portos
Além deste inquérito, Temer é alvo de outra investigação em andamento no Supremo: a que apura o suposto pagamento de propina na edição do decreto dos portos.

A suspeita é que, ao editar o decreto, no ano passado, Temer beneficou a Rodrimar, que atua no porto de Santos (SP). Temer e a empresa negam.

Fonte: G1

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