Páginas

terça-feira, maio 29, 2018

PF abre 48 inquéritos e dá início a depoimentos para apurar suspeita de locaute na greve dos caminhoneiros

A Polícia Federal abriu 48 inquéritos em 25 estados para apurar a suspeita de locaute na greve dos caminhoneiros. A prática consiste em patrões impedirem os trabalhadores de exercer a atividade, o que é proibido.

Com a abertura dos inquéritos, a PF já começou a ouvir representantes de associações que representam caminhoneiros e empresários.

A paralisação da categoria chegou ao oitavo dia nesta segunda-feira (28). Os caminhoneiros protestam contra o aumento no preço do óleo diesel.

Senado dá urgência a projeto que zera PIS-Cofins sobre diesel
Na última sexta (25), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que o governo já suspeitava da prática de locaute e, por isso, apuraria se, de fato, estava acontecendo.

Um dia depois, no sábado (26), foi a vez de o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmar que o Palácio do Planalto tem "convicção" de locaute na greve dos caminhoneiros.

Também no sábado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), vinculado ao Ministério da Justiça, informou que investiga a Federação de Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo em razão de um vídeo no qual a entidade fala em "sumir com caminhões" e em "caos para todo lado".

Quando a investigação foi confirmada, o presidente da federação, Flavio Benatti, afirmou que a intenção "clara" do vídeo é a "conscientização da população sobre a importância do transporte rodoviário de cargas".

Resultado de imagem para PF abre 48 inquéritos e dá início a depoimentos para apurar suspeita de locaute na greve dos caminhoneiros
Governo atende reivindicações, mas caminhoneiros não voltam ao trabalho

Fim da greve
Numa nova tentativa de por fim à greve dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer anunciou neste domingo cinco medidas, entre as quais a redução de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel.


As entidades que se reuniram com Temer antes do anúncio disseram ter ficado satisfeitas com as medidas e chegaram a assinar uma ata se comprometendo a suspender a paralisação.

Mas, nesta segunda, caminhoneiros continuaram nas estradas de todo o país.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, os caminhoneiros querem voltar ao trabalho, mas estão sendo impedidos por "intervencionistas" que, segundo ele, "querem derrubar o governo".

O governo federal já informou publicamente que as negociações estão finalizadas e agora espera o retorno dos caminhoneiros ao trabalho. A estimativa do Ministério da Fazenda é que, com as medidas anunciadas neste domingo, tributos podem subir.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!