O
Ministério da Saúde de Cuba informou nesta sexta-feira (25) que morreu mais uma
sobrevivente da queda do avião em Havana, na semana passada. Com essa morte,
sobe para 112 o número de vítimas do acidente que aconteceu instantes depois de
o avião decolar no dia 18 deste mês.
Emiley
Sánchez, de 40 anos, sofreu severas lesões e queimaduras em 41% de seu corpo
(34% delas são profundas). A única sobrevivente do acidente, Maylén Díaz, de 19
anos, permanece internada no hospital Calixto García, na capital cubana.
A
causa da queda do avião segue indeterminada. Na quinta-feira (24), a 2ª
caixa-preta da aeronave da empresa Cubana de Aviação foi encontrada. Vídeos
divulgados por moradores locais e depoimentos ajudaram que os investigadores
encontrassem esse segundo gravador. A 1ª caixa-preta – que gravou os sons das
cabines de voo - foi recuperada horas após o acidente.
Obsoleto
e barulhento
Equipes de resgate trabalham no local onde um avião com 113 pessoas a bordo caiu logo após decolagem em Havana, Cuba (Foto: Yamil Lage/AFP)
A
aeronave que caiu em Cuba voava havia quase 40 anos. O modelo, o 737-200, é
barulhento e obsoleto, e começou a perder espaço, já no início dos anos 1990,
para aviões mais modernos e espaçosos, como a continuação da família 737 (-300,
400 e 500), que levavam mais passageiros e tinham motores mais silenciosos e
econômicos.
Desde
meados dos anos 2000, nenhuma grande companhia aérea no mundo voa os 737-200 -
em razão de legislações que exigem que as aeronaves tenham nível de ruido
menor. Entre os operadores estão empresas de Uganda, Paquistão, Quênia, Congo,
Filipinas e Venezuela. Atualmente, nenhum voa regularmente dentro da Europa e
dos Estados Unidos.
O
mesmo ocorre no Brasil. Em grandes companhias, o fim se deu em 2005, com Varig
e Vasp, ambas extintas. Em 2010, o Boeing 737-200 usado pela Rico Linhas
Aéreas, do Amazonas, foi o último a voar regularmente em voos domésticos no país.
Fonte: G1
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