Reunião entre representantes do governo, bispos católicos e a oposição (Foto: INTI OCON / via AFP Photo)
O governo da Nicarágua se comprometeu, nesta sexta-feira (18), em acabar com os atos de violência e anunciou uma trégua de dois dias, no marco de uma mesa de diálogo nacional que tem como objetivo tentar superar uma crise que culminou com a morte de pelo menos 61 pessoas.
"A mesa de diálogo alcançou os seguintes pontos de entendimento: a urgência de deter os atos de violência, segundo o consignado na carta da Conferência Episcopal de data de 11 de maio deste ano", disse o cardeal nicaraguense Leopoldo Brenes, ao ler os acordos.
Brenes disse que "todos os setores estão empenhados em realizar uma trégua no sábado, dia 19, e no domingo, dia 20 de maio, onde o governo se compromete em mandar a polícia para os quarteis, assim como as forças de choque e simpatizantes".
A sociedade civil deve unir forças para promover melhores condições de diálogo, normalizar o trânsito e continuar em um melhor clima na segunda-feira, dia 21 de maio, acrescentou.
Da mesma forma, todos os setores reconheceram a necessidade imperativa de respeitar o direito de reunião, manifestação e protesto cívico e pacífico.
Sobre a questão de justiça, a presença na mesa de diálogo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) como instituição investigadora que favorece o esclarecimento dos fatos e a verdade, como um direito fundamental do povo, com o objetivo de buscar uma saída para a crise do país.
Além disso, agradeceram e apoiaram o trabalho da CIDH na Nicarágua, particularmente quanto às investigações e esclarecimento sobre os fatos ocorridos em abril e a adoção urgente de medidas cautelares para a segurança dos jovens.
Esta mesa de diálogo também foi colocada à ordem para colaborar com a missão da CIDH.
As partes assumiram esse compromisso no Seminário Inter-Diocesano Nossa Senhora de Fátima, sede do diálogo, localizado no oeste da capital, durante a segunda sessão desse fórum que reúne representantes do governo, setor privado, estudantes, universidades e sociedade civil, com a mediação da Igreja Católica.
Fonte: G1
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