Em mais um dia de greve, estradas que cruzam o Rio Grande do Norte voltaram a ser bloqueadas. Como consequência, a frota de ônibus em Natal e região metropolitana foi reduzida nesta sexta-feira (25) para se evitar um copaso no sistema. Na Central de Abastecimento do Estado, a Ceasa, já há falta de alimentos.
Na carcinicultura, um dos setores produtivos mais fortes do estado, a despesca e venda de camarões foram canceladas. A indústria de sal marinho também tem reflexo negativo, com atraso nas entregas.
Veja os principais reflexos da paralisação no estado
Na Ceasa, comerciantes já enfrentam desabastecimento sem a chegada de mercadorias e produtos (Foto: Pedro Vitorino)
Alimentos
De 120 caminhões esperados para o abastecimento da Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa), nesta sexta-feira (25), apenas 40 chegaram. De acordo com a direção da central, ainda não é possível estimar prejuízos. Produtos como tomate, pimentão, laranja, repolho, já estão em falta e outros produtos tiveram disparada nos preços.
Frota de ônibus está reduzida em Natal e região metropolitana (Foto: Igor Jácome/G1)
Transporte público
Em Natal e região metropolitana, os ônibus de passageiros estão circulando com frota reduzida nesta sexta (25). Na capital, 70% da frota está circulando. Já o transporte público intermunicipal, roda com 60% da frota. A redução, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município (Seturn), é necessária para evitar um colapso no sistema, já que não está havendo abastecimento de diesel nos postos por causa da greve dos caminhoneiros. A redução da frota deve continuar até o fim dos protestos.
Motoristas de vans escolares se reuniram na praça de Mirassol em apoio aos caminhoneiros (Foto: Clayton Carvalho/Inter TV Cabugi )
Em solidariedade aos caminhoneiros, motoristas de vans escolares se reuniram na praça de Mirassol, na Zona Sul de Natal, e também fizeram um protesto nesta manhã. Nos vidros dos veículos, os dizeres: 'Somos todos caminhoneiros'.
Indústria
Na indústria, dois dos principais setores do estado estão sendo afetados por causa das paralisações feitas pelos caminhoneiros: a cadeia produtiva do camarão, que registrou queda de R$ 10 milhões no faturamento; e a salineira, que tem atrasos na entrega do produto.
Rodovias com protestos
Nesta sexta-feira (25), segundo a Polícia Rodoviária Federal, há interdições parciais em pelo menos seis rodovias federais. São elas:
BR-101
Parnamirim (kms 105 e 111).
São José de Mipibu (km 125).
Touros (Km 06).
BR-226
Santa Cruz (Km 109).
BR-304
Mossoró (Km 33).
Assu (Km 106).
BR-405
Apodi (Km 72).
BR-406
João Câmara (Km 103).
BR-427
Caicó (Km 104).
Na BR-101, caminhoneiros protestam desde o início da semana. Bloqueio acontece em frente ao Parque de Exposições Aristófanes Fernandes (Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi)
Na BR-427, em Caicó, dia já amanheceu com ponto de bloquei montado (Foto: Irinaldo Medeiros)
Na BR-304, em Mossoró, caminhões estão enfileirados no acostamento (Foto: Hugo Andrade/Inter TV Costa Branca)
Fonte: G1
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