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terça-feira, maio 01, 2018

Corpos de irmãos mortos em incêndio, no ES, serão periciados para saber se foram agredidos ou dopados

Irmãos morreram carbonizados em incêndio em Linhares, ES (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Irmãos morreram carbonizados em incêndio em Linhares, ES (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Os corpos dos irmãos Kauã, de 6 anos, e Joaquim, de 3 anos, que morreram carbonizados em um incêndio em Linhares, no Espírito Santo, vão ser periciados para saber se os irmãos foram dopados ou agredidos.

O incêndio aconteceu no dia 21 de abril. O pastor Geogerval Alves, de 36 anos, que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi preso neste sábado (28) e vai cumprir 30 dias de prisão temporária no Centro de Detenção de Viana II.

A Polícia Civil está fazendo um exame de DNA para identificar os corpos dos irmãos. Esse exame deve sair em 9 dias. Em paralelo a isso, os corpos também serão periciados para descobrir se os irmãos foram dopados ou agredidos. Esse exame deve demorar um pouco mais, segundo a polícia, já que é mais minucioso.

Pastor é preso em investigação sobre incêndio que matou irmãos em Linhares (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
Pastor é preso em investigação sobre incêndio que matou irmãos em Linhares (Foto: Reprodução / TV Gazeta)

Prisão
A polícia fez o pedido da prisão do pastor à Justiça na noite de sexta-feira (27). Um mandado de prisão temporária, de 30 dias, foi expedido pelo juiz Grécio Grégio por volta das 2h deste sábado. Segundo autoridades, ele estava atrapalhando as investigações.

A Polícia Civil informou que o pastor planejava deixar Linhares rumo a outras cidades, que ele mantinha contato frequente com testemunhas e que os depoimentos dele foram contraditórios e inconsistentes.


Em uma decisão que está sob segredo de Justiça, a juíza Patrícia Duarte determinou a quebra do sigilo telefônico do pastor e da mulher dele no período de 16 a 25 de abril.

Além disso, a juíza autorizou a extração de dados do celular apreendido com o pastor e ordenou que as informações recolhidas sejam manipuladas apenas pelo delegado Romel Pio de Abreu Junior, que está investigando o caso em Linhares.

No mesmo dia da prisão, por telefone, a mãe das crianças, Juliana Salles, disse que estava muito abalada com a notícia, mas que esperava pela prisão do marido por conta da linha de investigação da polícia. Ainda assim, ela afirmou que não desconfia de George.

Incêndio
O incêndio aconteceu na casa da família, no Centro de Linhares, na madrugada do dia 21 de abril. Na residência, estavam dormindo o pastor George Alves, o filho Joaquim e o enteado Kauã, mas as chamas atingiram apenas o quarto dos meninos. A mãe das crianças, Juliana Salles, estava em um congresso em Minas Gerais junto com o filho mais novo do casal.

O pastor disse, em entrevista, que ouviu os gritos das crianças e tentou entrar no quarto que pegava fogo.

A terceira perícia na casa onde houve o incêndio foi feita na sexta-feira. Peritos, policiais civis e promotores do Ministério Público Estadual participaram. Os trabalhos no local só terminaram depois de quase quatro horas, por volta das 20h30.

Fonte: G1

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