O presidente Michel Temer criticou neste sábado (7), durante evento no Paraná, quem defende priorizar “aspirações populares” em vez de “cumprir a ordem jurídica”.
O presidente participou neste sábado do Simpósio Nacional de Varejo e Shopping, em Foz do Iguaçu. No discurso, voltou a defender a necessidade de se respeitar a Constituição e as demais leis, a fim de se garantir estabilidade ao país.
“É interessante até que, muitas e muitas vezes, algumas pessoas dizem: 'Olhe, essa história de cumprir a ordem jurídica é relativa, o que nós precisamos é verificar quais são as aspirações populares e decidir de acordo com as aspirações populares'. Isso é a maior revelação de desorganização”, disse o presidente.
“Quando nós temos uma Constituinte para constituir uma sociedade, que politicamente passou a se denominar estado, é para fixar regras em que o povo, participante desta sociedade chamada estado, possa saber quais são ‘as regras do jogo’”, completou.
Reformas
No discurso, Temer afirmou que pretende, até o final do seu governo em dezembro, concluir ou deixar encaminhada a reforma tributária, chamada por ele “simplificação”.
O governo ainda discute o texto que precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.
“Nós vamos levar adiante e eu espero, quem sabe espero que eu possa concluir o governo com isso, senão aprovado, mas muito bem encaminhado”, declarou.
Temer afirmou ao deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), presente ao evento, que a "simplificação" ainda precisa de ajustes. O parlamentar é o relator da atual proposta de reforma tributária em análise na Câmara.
“Precisa fazer uns ajustezinhos só, Hauly, mas nós vamos levar adiante”, afirmou.
Temer também repetiu que a reforma da Previdência estará no debate eleitoral deste ano. Seu governo deixou de lado a reforma, proposta por meio de emenda à Constituição, para priorizar a intervenção federal no Rio de Janeiro. Durante a vigência da intervenção não é possível modificar a Constituição.
O presidente ainda defendeu, mais uma vez, a proposta de semipresidencialismo, dentro de um projeto de reforma política.
“Se eu puder um dia, apresento um projeto de semipresidencialismo para 2022. Porque as coisas vão se aprimorando de tal certa maneira, que eu acho que nós podemos avançar para evitar exatamente certos traumas institucionais que costumam acontecer no presidencialismo e não acontecem no semipresidencialismo”, explicou.
Fonte: G1
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