Suspeito diz à PF que helicóptero que caiu em Joinville seria usado para resgatar preso

Queda de helicóptero em Joinville em março deixou três mortos. (Foto: PM/Divulgação)

Uma das pessoas investigadas no inquérito que apura o acidente do helicóptero que provocou a morte de três pessoas em Joinville, em março, disse em depoimento à Polícia Federal que a aeronave foi sequestrada com o propósito de resgatar um detento do presídio regional da cidade, a dois quilômetros do local da queda, e deu também detalhes sobre o suposto plano.

A informação foi confirmada pela PF, que não revelou quem é o suspeito. A investigação, sem previsão de ser concluída, está em sigilo. O Cindacta 2 (Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) confirmou às autoridades policiais que não recebeu alerta de sequestro.

O helicóptero, conforme disse o investigado à polícia, ia ser usado para resgatar, com uma corda, um preso. Esse detento seria içado para dentro de aeronave, que na sequência pousaria num posto de gasolina no bairro Itinga. De lá, fugiria para o Paraguai.

A PF, entretanto, disse que a informação ainda é tratada como uma hipótese, já que a instituição está apurando o que realmente aconteceu e aguarda a conclusão de laudos da perícia.

Local da queda de helicóptero em Joinville, no Norte catarinense (Foto: Infográfico: Alexandre Mauro / G1)

Morreram na queda o piloto Antônio Mário Franco Aguiar, de 56 anos, o auxiliar de pista Bruno Siqueira, de 21, e Ivan Alexssander Zurman Ferreira, de 24 anos, suspeito de participação no sequestro. O único sobrevivente, Daniel da Silva, de 18 anos, está preso.

O helicóptero caiu no dia 8 de março, por volta das 16h, no bairro Paranaguamirim. Nos destroços, foram encontradas duas armas. A aeronave, da empresa de táxi aéreo Avalon, havia sido contratada por R$ 3,1 mil para um sobrevoo de 50 minutos. A decolagem ocorreu em Penha.

Sobrevivente

Silva teve alta do hospital e foi levado para uma unidade prisional no último dia 6, pelos crimes de exposição de aeronave a perigo agravada pela queda e pelas mortes, e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele prestou depoimento nesta semana, mas a PF não revelou o conteúdo.

Silva já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e dano ao patrimônio.

Fonte: G1