quinta-feira, abril 12, 2018

PF realiza 2 operações contra desvios em fundos de aposentadoria

Fraudes em fundos de pensão são alvo de duas operações que a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira em sete estados e no Distrito Federal. Uma decorre da Lava Jato e investiga parceiros do ex-governador Sérgio Cabral; outra apura desvios em 28 fundos de servidores de prefeituras.

Arthur Mário Pinheiro Machado foi preso em São Paulo (Foto: Leandro Cotrim/GloboNews)
Arthur Mário Pinheiro Machado foi preso em São Paulo (Foto: Leandro Cotrim/GloboNews)

O empresário Arthur Machado é investigado nas duas frentes. Ele foi preso em São Paulo.

Fundos de pensão são uma opção de investimento para possibilitar uma aposentadoria complementar ao trabalhador. São oferecidos por empresas públicas e privadas aos empregados e também por associações. O Ministério Público investiga desvios desses fundos.

Estão em andamento as seguintes operações:

Rizoma

Cumpre dez mandados de prisão preventiva no Rio, em São Paulo e em Brasília
É desdobramento da Lava Jato no Rio
Segundo o Ministério Público Federal, os suspeitos fazem parte do esquema criminoso chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral
Foram fraudados fundos como o Postalis, dos Correios, e Serpros, da empresa pública Serpro, de tecnologia da informação
A PF investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção através de fraudes que geraram prejuízos aos fundos de pensão.
Um dos alvos é o empresário Arthur Pinheiro Machado, que já foi dono de corretora e tem mais de 100 empresas ligadas ao CPF dele. Ele foi preso em São Paulo.
Também foi preso o economista Marcelo Borges Sereno, ligado ao Partidos dos Trabalhadores (PT) há muitos anos. Ele já foi assessor especial do Ministério da Casa Civil durante o governo Lula, na época que José Dirceu era ministro da Casa Civil.
Em Brasília, a Polícia Federal está na casa de Milton Lyra, apontado em várias investigações como operador do MDB no Senado e operador em vários esquemas, a maioria envolvendo fundos de pensão

A defesa de Arthur Pinheiro Machado e de Patricia Iriarte refuta, de forma veemente, qualquer relação entre os empresários e atos ilícitos. Informa que ambos sempre agiram no mais absoluto respeito à legislação e que não compactuam com práticas ilegais.


A defesa do empresário Milton Lyra informa que seu cliente já havia se colocado à disposição da Justiça do Distrito Federal, que apura o caso, para esclarecimento dos fatos. Ao tomar conhecimento da decisão da Justiça do Rio de Janeiro, prontamente, por meio de seus advogados, o empresário entrou em contato com a Polícia Federal para apresentar-se.

A defesa assevera ainda que as atividades profissionais do empresário são lícitas, o que já foi comprovado em diversas oportunidades, e que seu cliente está e sempre esteve à disposição para colaborar com a Justiça e com a investigação.

Encilhamento

Cumpre 20 mandados de prisão temporária em SP, RJ, MG, PR, MT, SC e GO.
A fraude, segundo as investigações, envolveria R$ 1,3 bilhão
É a segunda fase da Operação Papel Fantasma
Arthur Machado, preso em SP na Rizoma, também é investigado na Encilhamento
As investigações identificaram 28 Institutos de Previdência Municipais que investiram em fundos que, por sua vez, direta ou indiretamente, adquiriram os papéis sem lastro.
O ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado, e mais três pessoas foram presas na cidade mineira.
A defesa de Gilmar Machado diz que ele está tranquilo "porque não possui qualquer envolvimento com atos ilícitos praticados por terceiros" e que tem a convicção de que é uma perseguição política.

Fonte: G1

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