Mercadorias da China partem em navio em um porto na província chinesa de Shandong (Foto: AFP)
O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quinta-feira (12) que as negociações comerciais com os Estados Unidos serão impossíveis já que as tentativas de diálogo de Washington não são sinceras, e prometeu retaliar se o presidente norte-americano, Donald Trump, intensificar as atuais tensões.
O presidente da China, Xi Jinping, prometeu na terça-feira abrir mais a economia do país e reduzir tarifas de importação de produtos como carros, o que ampliou as expectativas de um acordo. Trump respondeu em um tuíte dizendo que estava "agradecido" pelas declarações de Xi sobre tarifas e acesso para montadoras dos EUA, e disse que ambos os países "farão grandes avanços juntos".
O porta-voz do Ministério do Comércio chinês, Gao Feng, disse a repórteres, entretanto, que as declarações de Xi não tinham nada a ver com a disputa comercial e não devem ser descaracterizadas e entendidas como uma concessão a Washington.
"Espero que algumas pessoas nos EUA não julguem mal a situação", disse ele. "Se os EUA tomarem qualquer ação para agravar a situação, a China não hesitará em reagir."
As duas maiores economias do mundo têm ameaçado uma à outra com dezenas de bilhões de dólares em tarifas nas últimas semanas, levando a preocupações de que Washington e Pequim podem entrar em uma guerra comercial de ampla escala que poderia prejudicar o crescimento global e afetar os mercados.
Algumas autoridades dos EUA e analistas dizem acreditar que a disputa pode eventualmente ser resolvida através de diálogo, mas Pequim reiterou nesta quinta-feira que nenhuma negociação formal aconteceu.
"Não é uma questão sobre se a China está disposta a participar das negociações. Trata-se de os EUA não mostrarem nenhuma sinceridade", disse Gao.
O tablóide chinês Global Times escreveu que Washington pode responder sinceramente à determinação da China de se abrir e interagir, ou continuar pressionando a China com demandas irracionais e agravar os atritos comerciais.
Fonte: G1
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