Dos 47 reservatórios que são monitorados pelo Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte, em dois deles o volume de armazenamento já chegou ao limite e nesta quinta-feira (12) as águas começaram a transbordar. Em outras palavras, estão ‘sangrando’, expressão que o sertanejo gosta de usar.
É importante explicar que o Igarn monitora apenas os açudes ou barragens que possuem capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos de água. São os casos dos açudes de Encanto e Riacho da Cruz, ambos na região Oeste do estado.
Açude Público de Encanto, na região Oeste potiguar, começou a 'sangrar' nesta quinta (12) (Foto: Geyson Oliveira)
O açude de Encanto tem capacidade para 5.192.538 metros cúbicos de água. Já o açude de Riacho da Cruz, tem quase o dobro disso. Lá, a capacidade de armazenamento é de 9.604.200, e também chegou a 100%.
Pedra Lavrada
Em Jardim do Seridó, o açude da Pedra Lavrada também transbordou . Mas, como a capacidade de armazenamento é inferior a 5 milhões de metros cúbicos de água, ele não aparece na lista dos reservatórios monitorados.
Maiores barragens continuam com pouca água
Barragem Umari, em Upanema, é a terceira do Rio Grande do Norte em volume de água (Foto: Renato Medeiros)
Mesmo com as fortes chuvas que caíram em praticamente todas as regiões do Rio Grande do Norte durante os últimos dias, o nível de água nas maiores barragens do estado ainda preocupa. Dividindo o volume existente em quatro delas, a média não chega a 12%.
O RN enfrenta uma seca histórica, com quase seis anos de estiagem severa.
Seca histórica
Com as torneiras vazias, população de muitas cidades do estado precisam recorrer a chafarizes públicos para ter o que beber (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Dos 47 açudes ou barragens monitorados pelo Igarn, 5 permanecem totalmente secos (10,63%) e outros 16 mananciais estão no chamado volume morto (34,04%) - nome que se dá à reserva de água mais profunda das represas.
Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em calamidade por causa da seca. Isso significa 92% do estado. Deste total, 15 cidades estão em colapso no abastecimento, ou seja, sem água nas torneiras.
Em outras 84, a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) criou sistemas de rodízio para garantir o mínimo de fornecimento. E os prejuízos, segundo o governo, já passam dos R$ 4 bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!