Campeão carioca e vice-campeão paulista, Botafogo e Palmeiras fizeram um jogo franco e cheio de chances na noite desta segunda-feira, no estádio Nilton Santos – principalmente no segundo tempo. No fim, deu empate: 1 a 1, gols de Guerra, pelo Verdão, e Igor Rabello, pelo Bota. Se não conseguiram vencer, os dois rivais, ao menos, fizeram partida emocionante. Ambos largam no Brasileirão com um pontinho somado.
O MELHOR ATAQUE É A DEFESA
Depois de Joel Carli ter marcado o gol que deu a possibilidade de o Botafogo conquistar o Campeonato Carioca nos pênaltis, contra o Vasco, foi a vez de seu parceiro de zaga resolver: aos 36 do segundo tempo, Igor Rabello ganhou de Felipe Melo pelo alto, furou na primeira chance, mas acertou na segunda para empatar o jogo. Foi o quinto gol do "General" em 70 jogos pelo Bota.
GRINGO QUE RESOLVE
Aos poucos, Alejandro Guerra vai conquistando o técnico Roger Machado para ganhar uma vaga entre os titulares do Palmeiras. O venezuelano substituiu Lucas Lima no intervalo e deu outro ritmo ao time, mais combativo, buscando jogo e aparecendo na área para finalizar. Assim, ele abriu o placar após passe de calcanhar de Dudu. É hora de Lucas Lima começar a se preocupar...
A COPA É LOGO ALI
Nas tribunas do estádio Nilton Santos, Tite acompanhou atentamente todos os lances de Botafogo x Palmeiras. O técnico da seleção brasileira foi ao duelo com o coordenador Edu Gaspar, seu braço-direito na CBF. Em campo, pouco pôde ver em um jogo às vezes travado, às vezes frenético. A menos de um mês da convocação para a Copa do Mundo, ele assiste ao máximo possível de partidas para tirar suas últimas conclusões sobre a lista de 23 convocados que vão à Rússia.
VELHOS AMIGOS
Depois de quatro anos no Palmeiras, ora como auxiliar, ora como técnico, Alberto Valentim deixou o Verdão em dezembro de 2017, seguiu sua carreira no Botafogo e, após o título carioca, reencontrou justamente o ex-clube na estreia do Brasileirão. Fora de campo, o clima foi o melhor possível: antes do início do jogo, os palmeirenses fizeram fila para cumprimentá-lo. Fernando Prass, Deyverson, Thiago Santos, Mayke, Tchê Tchê... Boa parte do elenco palmeirense abraçou o treinador.
PRIMEIRO TEMPO
Foram 45 minutos (mais acréscimos) de pouca criatividade. O Botafogo teve uma boa chance aos três minutos, com um cabeceio de Rodrigo Lindoso à queima-roupa, e o Palmeiras respondeu na mesma moeda, dois minutos depois – o de Willian levou até mais perigo e foi defendido por Gatito Fernández com o pé. No mais, as duas equipes tiveram dificuldade na saída de bola e abusaram de erros de passe no campo de ataque. A equipe carioca insistiu excessivamente em jogadas aéreas, enquanto os paulistas não acompanharam a velocidade de Keno.
SEGUNDO TEMPO
Se faltou criatividade no início, os dois times se mostraram bem mais corajosos nos 45 minutos finais. Bem montado, o Botafogo começou a se arriscar no ataque, mas deixou espaços. Não foi raro ver o Palmeiras armando contra-ataques com superioridade numérica. Num deles, aos 8 minutos, Dudu recebeu de Keno, girou em cima de Igor Rabello e tocou de calcanhar para Guerra marcar. Na defesa, o Verdão vacilou em bolas aéreas. Aos 36, Felipe Melo errou o tempo de bola, e Igor Rabello, sozinho, chutou sem chances para Jailson. Resultado justo pelo que os rivais mostraram.
NÚMEROS DO JOGO
Botafogo x Palmeiras:
Posse de bola: 44% x 56%
Finalizações: 12 x 6
Bolas levantadas: 23 x 8
Passes errados: 32 x 49
Passes certos: 191 x 408
Roubadas de bola: 19 x 17
Faltas cometidas: 7 x 23
PRÓXIMOS JOGOS
Os dois times voltam a campo pelo Brasileirão no próximo fim de semana. O Palmeiras recebe o Internacional, domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, enquanto o Botafogo visita o Sport na segunda-feira, às 20h, na Ilha do Retiro.
Fonte: Globo Esporte
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