A Associação de Magistrados do RN divulgou nota nesta sexta-feira (20) em que repercute a crise de imagem em que foi lançada, pontuando ter sido enganada pela afiliada da Rede Globo no Estado, a Intertv.
“O que não podíamos prever era a ‘armadilha’ que estava por trás deste convite [para entrevista]. Um editorial pronto, após encerrar a entrevista ‘ao vivo’, com críticas pesadas e que não levaram em consideração uma palavra sequer dita pela presidência da AMARN”, diz a associação, que ainda se queixou da utilização equivocada de dados sobre a eficiência do Judiciário Potiguar.
“O mesmo jornal trouxe dados do CNJ e afirmou que o TJRN era um dos menos produtivos do Brasil. Os referidos dados, embora verdadeiros, eram desatualizados e refletiam um momento delicado que passamos, e que, infelizmente, prejudicou o rendimento da nossa prestação jurisdicional”, prosseguiu a nota, cuja íntegra segue abaixo:
Contingenciamento de crise
A AMARN, como qualquer instituição, está sujeita a passar por situações de anormalidade e tensão de maior ou menor intensidade. No caso mais recente, que se iniciou com a publicação da Resolução do TJ que tratava da regulamentação da Licença Prêmio, a instituição e o Poder Judiciário como um todo sofreram diversos ataques, tanto na mídia local, quanto na mídia nacional. Um veículo em específico (InterTV Cabugi, afiliada Globo) teceu críticas mais contundentes.
Diante da recusa do Presidente do TJ, Des. Expedito Ferreira, em se manifestar, o presidente da AMARN, Herval Sampaio, prontamente atendeu ao convite para esclarecer à sociedade do que se tratava a resolução. O que não podíamos prever era a “armadilha” que estava por trás deste convite. Um editorial pronto, após encerrar a entrevista “ao vivo”, com críticas pesadas e que não levaram em consideração uma palavra sequer dita pela presidência da AMARN. Diante de tal fato, a Assessoria de Comunicação juntamente à vice presidência e demais diretorias de comunicação iniciaram o plano de contingenciamento de crise. Embora seja difícil ouvir críticas pesadas e muitas vezes sem fundamento à atuação do Poder Judiciário, é necessário ressaltar que a liberdade de expressão é inerente ao Estado Democrático de Direito em que vivemos.
Por dois dias seguidos – segunda e terça – o RNTV 1ª Edição trouxe matérias e comentários acerca da referida resolução, que foram reprisados no Jornal da noite RNTV 2ª Edição. Optamos por não respondê-las, pois, mesmo não concordando, a imprensa está cumprindo o seu papel de noticiar e questionar os fatos. Contudo, na quarta-feira, o mesmo jornal trouxe dados do CNJ e afirmou que o TJRN era um dos menos produtivos do Brasil. Os referidos dados, embora verdadeiros, eram desatualizados e refletiam um momento delicado que passamos, e que, infelizmente, prejudicou o rendimento da nossa prestação jurisdicional.
Buscamos o TJ para a compilação de dados mais atualizados e, munidos das informações necessárias, entramos em contato com a direção de jornalismo da InterTV, numa comissão formada pelo presidente Herval Sampaio, a vice presidente administrativa Aline Cordeiro, a assessora de imprensa e o diretor da empresa de comunicação contratada pela AMARN. Numa conversa amigável e conciliadora expusemos os dados atualizados e apresentamos a nota de esclarecimento produzida para fins de reparação da verdade.
A nota não foi lida na íntegra, pois, segundo a direção do jornal, a linguagem da televisão pede um vocabulário simples e de fácil assimilação pelo público dos mais variados níveis de instrução. Entretanto, a mensagem foi passada em tom respeitoso – e repetida em mais de uma edição – e acreditamos dar por encerrado esse assunto. Agora trabalharemos para continuar passando para a população a excelente qualidade da nossa prestação jurisdicional, levando, de forma simples e objetiva pautas positivas para os meios de comunicação, nossas redes sociais e site institucional.
Cabe ressaltar que o plano de comunicação que traçamos conta com a participação da imprensa de forma espontânea e voluntária, mediante interesse em divulgar nossas ações sem nenhum custo para a nossa associação, por este motivo é fundamental manter um bom relacionamento com os veículos de comunicação, que em nenhum momento nos negaram direito de resposta. Por fim, daremos continuidade à produção das nossas pautas positivas e divulgação da importância da magistratura para a sociedade.
Acrescente-se, que o plano do setor de comunicação tem desenvolvido estratégias não somente para rebater tais fatos como também para melhorar a imagem da Magistratura e aproximá-la da sociedade, atuando assim, de forma ostensiva e preventiva.
Atenciosamente,
Herval Sampaio e Equipe de Comunicação
Fonte: BG
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