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sexta-feira, março 02, 2018

Macarrão consegue na Justiça autorização para cumprir prisão em regime aberto

Luiz Henrique Ferreira Romão, Macarrão, durante julgamento em 2012 (Foto: Maurício Vieira/G1)

Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, de 32 anos, condenado pela morte da modelo Eliza Samudio, deve deixar a Penitenciária Pio Canedo, em Pará de Minas, até o final da noite desta quinta-feira (1º).

A defesa de Macarrão conseguiu junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a progressão do cumprimento de pena no regime semiaberto para o aberto nesta quinta-feira e, consequentemente, foi expedido o alvará de soltura.

A progressão da pena foi concedida pelo juiz Antônio Fortes de Pádua Neto, que considerou que Luiz Henrique Ferreira Romão já possuía os requisitos necessários, como cumprimento de tempo no semiaberto e bom comportamento.

Como em Pará de Minas não há albergue para que os sentenciados cumpram os regimes aberto e semiaberto, o juiz determinou que Macarrão fique no regime domiciliar. Para tanto, ele deve:

Recolher-se à sua residência todos os dias, até as 19h;
Ausentar-se de sua residência somente a partir de 6h;
Permanecer em residência durante o repouso, dias de folga, inclusive sábados, domingos, feriados e dias santos;
Comprovar em 30 (trinta) dias exercício de trabalho lícito;
Não fazer uso de bebida alcoólica, não portar armas e não frequentar locais de moral duvidosa;
Não se ausentar da comarca sem autorização judicial;
Não mudar de residência sem comunicação prévia a esse juízo;
Apresentar-se mensalmente em juízo para justificar suas atividades.
Ao G1, a advogada de Macarrão, Fabiana Cecília Alves, disse que o cliente vai permanecer em Pará de Minas e quer pagar pelo crime que cometeu.

"Hoje ele tenta viver dignamemte. Ele nunca mais quer nem saber de coisa errada porque, na verdade, ele nunca foi bandido. Ele se envolveu nesse fato e nem sabe explicar. Ele é um cara muito trabalhador e que tem um objetivo na vida", declarou a advogada.

Condenação
Em 23 de novembro de 2012, o amigo do goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 15 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, a modelo Eliza Samudio – e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.


Macarrão está preso na Penitenciária Pio Canedo desde junho de 2016, quando conseguiu progressão para o regime semiaberto e passou a sair do presídio para trabalhar como zelador de uma igreja evangélica.

Ele estava na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, mas o complexo não aceitava o regime semiaberto, por isso a defesa do preso pediu a transferência para a cidade do interior, na ocasião.

O advogado Wasley César de Vasconcelos, disse à época ao G1, que pediu a transferência à Justiça para que o cliente pudesse ficar mais perto de parentes que moram em Pará de Minas. Macarrão deixava a prisão durante o dia e retornava à noite.

Caso Eliza Samudio
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. Ele foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem.

Fonte: G1

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