O conhecido ator de cinema e televisão sul-coreano Jo Min-ki, que nas últimas semanas foi alvo de várias denúncias por abusos sexuais em pleno auge do movimento #MeToo no país asiático, foi encontrado enforcado.
A polícia informou neste sábado (10) que trata o caso como suicídio, pois encontrou ao lado do corpo uma carta assinada pelo ator.
A família de Jo Min-ki divulgou um comunicado, por meio do representante do artista, no qual pede respeito e privacidade para o funeral deste sábado.
"A família lamenta profundamente a morte e está em luto. Por isso mal consegue conversar com a imprensa. O funeral será apenas para familiares e amigos", disse o comunicado.
Na carta, Jo, de 53 anos, pede perdão aos seus familiares e para estudantes da Universidade de Cheonju onde dava aulas de interpretação desde 2010 e onde várias ex-alunas o acusaram de abusos nas últimas semanas.
A polícia, que não queria revelar mais sobre o conteúdo do texto, também investigava o ator por uma denúncia de tentativa de violação interposta recentemente por uma mulher que trabalhava em uma cafeteria onde teria acontecido o fato.
A família do ator Jo Min Ki (Foto: Reprodução/Instagram do Artista)
O corpo de Jo Min-ki, que após as denúncias tinha renunciado ao seu cargo de professor, foi encontrado ontem, no porão do prédio onde morava.
Jo estreou no teatro em 1982 e depois fez carreira no cinema e sobretudo na televisão, onde apareceu em mais de 50 séries e programas.
O suicídio de Jo ocorre em plena onda de denúncias na Coreia do Sul de mulheres por abusos, impulsionados pela campanha #MeToo contra o assédio sexual
Estas denúncias afetaram homens influentes no mundo da cultura e política, como o poeta Ko Un, considerado um dos favoritos nas apostas para o Nobel de Literatura, o famoso diretor Kim Ki-duk e ex-governador An Hee-jung, que vinha sendo apontado como um futuro candidato à presidência da Coreia do Sul.
Fonte: G1
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