Pelo menos 36 milicianos pró-governamentais sírios morreram neste sábado (3) por um bombardeio de aviões turcos no enclave curdo-sírio de Afrin, no noroeste da Síria, informou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos. É o mais grave bombardeio realizado pela Turquia contra as forças leais ao governo sírio.
O ataque foi contra um acampamento das forças de defesa popular, milícias leais ao governo de Damasco, em Kafr Yana, no nordeste de Afrin. As informações foram passadas à Agência Efe pelo diretor da ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman.
O número de mortos pode aumentar porque, segundo a fonte, "há muitos corpos sob os escombros" pelo bombardeio contra o acampamento, chamado Al Talaa.
Foto de 28 de janeiro mostra tropas turcas no controle da montanha de Bursayah, que separa o enclave curdo de Afrin da cidade de Azaz, controlada pelas forças turcas (Foto: DHA-Depo Photos via AP, File)
Na noite de quinta-feira, outro bombardeio turco causou a morte de, pelo menos, 14 combatentes dessas forças sírias na zona de Yama, no norte de Afrin, na Síria, segundo a mesma fonte.
Desde 20 de janeiro, a Turquia e facções rebeldes sírias pró Ancara desenvolvem uma ofensiva em Afrin, controlada pelas Unidades de Proteção Popular (YPG, por sua siglas em curdo), consideradas terroristas pelo governo turco por seus vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
As forças turcas e os grupos armados sírios aliados de Ancara invadiram hoje Rayu, considerada estratégica porque é a passagem que comunica o norte de Afrin com o oeste da província de Aleppo.
As forças de defesa popular entraram há 11 dias em Afrin, em aplicação de um acordo entre as autoridades sírias e as YPG para proteger a região do ataque turco.
Segundo o observatório, pelo menos 58 milicianos partidários de Assad morreram nos combates e bombardeios turcos, incluindo os de hoje.
Desde o início da operação militar, a Turquia e seus aliados tomaram 82 populações de Afrin, que supõem 23% das zonas rurais dessa região, segundo o Observatório.
Imagem aérea mostra território curdo-sírio de Afrin (Foto: Mahmoud Hebbo/Reuters)
Fonte: G1
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