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sexta-feira, fevereiro 16, 2018

Situação extrema exige resposta extrema, alegam assessores de Temer em defesa de intervenção no Rio

Resultado de imagem para Situação extrema exige resposta extrema, alegam assessores de Temer em defesa de intervenção no RioA operação é de alto risco. Se der certo, o presidente Michel Temer pode recuperar sua imagem. Se der errado, seu governo pode ter fim melancólico. Mas não havia, na avaliação de Temer, outra saída. A situação no estado do Rio de Janeiro chegou ao limite, ficou fora de controle e o próprio presidente fez a proposta de intervenção na segurança pública.

Segundo Temer disse a interlocutores, a situação no Rio pedia respostas extremas diante da perda de controle sobre a segurança. “Situação extrema exige e demanda resposta extrema, o pior seria ficar parado e não fazer nada”, defenderam assessores do presidente depois de conversarem com ele sobre a decisão de intervenção no estado, tomada em reunião no Palácio da Alvorada.

Temer decidiu fazer a proposta de intervenção ao governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, depois das cenas de violência registradas durante o Carnaval carioca e das declarações do governador reconhecendo que havia perdido o controle sobre a situação nos últimos dias. Ao ser informado da proposta de Temer, Pezão primeiro reagiu com “surpresa”, mas depois a aceitou porque ele seguiria no comando do governo.

Na prática, porém, o efeito simbólico será o mesmo. O principal problema de hoje no Rio de Janeiro é a segurança. Ao perder o controle sobre a área, a mensagem real será que Pezão jogou a toalha e reconheceu falta de competência para administrar a política de combate à violência no estado. O governador, porém, disse a interlocutores que não tinha outra saída e precisava pensar, primeiro, na população.

Com a decisão, Temer busca, também, mostrar que seu governo não depende apenas da reforma da Previdência para continuar vivo neste ano e tentar se recuperar. Segundo assessores, se conseguir melhorar a segurança no Rio e no resto do país, o presidente se fortalece, pode reduzir seu desgaste perante à população e terá como influenciar diretamente na eleição.

Há até aqueles que não afastam a possibilidade de ele tentar uma reeleição. Um assessor destaca que o governo fez a inflação cair, reduziu os juros e a economia vai crescer mais neste ano. Se mostrar capacidade para enfrentar um dos piores problemas do país e, particularmente, do Rio, o presidente sairia fortalecido. Se fracassar, o resultado será o oposto. A conferir.

Fonte: G1

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