Após ter a casa invadida, o professor Marivaldo de Paula Silva, de 34 anos, decidiu escrever um cartaz com uma mensagem aos bandidos que furtaram alguns objetos da sua casa, que fica na Vila Acre, em Rio Branco.
O professor ficou conhecido por sempre lutar pelo direito de ouvir da sua filha, a pequena Ana Cristina Oliveira, de 8 anos. Nos últimos dias, ele tem vendido rifas para comprar baterias para o implante coclear da filha e também da ex-mulher, Erlene Paiva, que também é implantada.
Ele disse que os vizinhos não viram movimentação no dia do furto. “Fui trabalhar e levar o meu filho para a primeira consulta dele e quando chegamos em casa, por volta das 20h, estava tudo revirado e os cachorros bastante estressados”, conta.
Os bandidos conseguiram levar centrífuga e outros equipamentos que estavam dentro da casa. O professor acredita que o prejuízo ultrapasse os R$ 2,5 mil. Ele também disse que não fez um boletim de ocorrência.
“Ainda estou meio desnorteado. Então, ainda não fiz o BO. Às vezes as pessoas te olham e acham que a você tem dinheiro, mas eu sou um trabalhador como um outro qualquer”, conta.
Bandidos reviraram a casa do professor em Rio Branco (Foto: Marivaldo Silva/Arquivo pessoal )
Como forma de desabafo e tentar recuperar algumas das coisas, principalmente um pendrive que tem informações da escola onde trabalha, o professor fez um cartaz com uma mensagem aos bandidos.
“Senhor ladrão, sou professor pobre igual a todos os outros. Endividado e compro tudo parcelado. Tenho 3 filhos e estou até vendendo rifa para comprar uma bateria pra minha filha continuar ouvindo. Não tenho dinheiro pra comprar o que o senhor me roubou. Se puder, devolva pelo menos o meu pendrive velho e minha centrífuga. Meus filhos que choraram agradecem”, escreveu.
O cartaz foi colocado no portão de casa. Com isso, Silva acredita que os bandidos podem devolver alguns objetos. “Depois que entraram na minha casa, fiquei sabendo de mais duas que foram invadidas aqui na região. Eu realmente não tenho como comprar o que me roubaram agora”, finaliza.
Professor usou cartaz e publicação nas redes sociais para fazer desabafo (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre )
Fonte: G1
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