O volante Ralf, 33 anos, foi apresentado nesta terça-feira com a camisa do Corinthians. Neste seu retorno ao clube, após passagem pelo futebol chinês (cumpriu contrato de duas temporadas com o Beijing Guoan e estava livre no mercado), Ralf terá vínculo de dois anos. Ele já havia defendido o Corinthians entre 2009 e 2015, com 352 jogos (oito gols) e títulos importantes, como a Libertadores da América e o Mundial de Clubes de 2012.
Por tudo isso, a sensação para o volante é de volta para casa.
– Estou feliz de estar aqui novamente. Estou feliz de estar de novo com meus companheiros, estou treinando desde o começo da semana, junto com os meus companheiros. Estou voltando para um clube que abriu as portas para mim, que abriu a porta para outros desafios e para a Seleção – disse Ralf.
Com discurso humilde, Ralf deixou claro que não chega com status de titular absoluto e que vai respeitar o momento de Gabriel, titular e um dos xodós da torcida no time atual.
– Concorrência sadia, só tem a ganhar. Admiro o trabalho dele, desde o Botafogo, quando dava acompanhava lá também. O momento é dele, tenho que trabalhar e buscar meu espaço. Vou trabalhar e buscar meu lugar – disse Ralf.
– Todo mundo sonha jogar pelo Corinthians. Mas agora é hora de reescrever um novo capítulo, não é por causa do que ganhei que tenho vaga. Não vejo nenhum problema. Até porque quando você assina não tem nada que diga que você será titular, tem que respeitar e buscar seu espaço. Quem tem que tomar conta disso é o Carille – completou.
Ralf, em sua apresentação no Corinthians (Foto: reprodução)
Sobre a posição em que gostaria de jogar, Ralf comentou:
– Isso cabe ao Carille, tenho que estar preparado para onde ele quiser que eu atue, seja com um ou dois volantes. Claro que o eu fiquei marcado por jogar aqui como primeiro volante. Se tiver que jogar como volante, vou buscar meu espaço.
O jogador será inscrito no Campeonato Paulista, mas ainda não tem data para reestrear com a camisa alvinegra. Sem atuar desde o fim do ano passado, Ralf precisa readquirir condicionamento físico e ritmo de jogo. O volante ainda não trabalhou com bola.
– Os últimos jogos foram em novembro. Claro que você sente um pouco do físico. Claro que na academia é diferente do jogo. Lá quase não tinha jogo durante a semana, então era um por semana, tinha mais treino e menos jogos – disse Ralf, sobre sua condição física.
Ralf foi apresentado pelo diretor de futebol Duílio Monteiro Alves, que também está de volta ao Corinthians (Foto: reprodução)
Ralf é o segundo campeão da Libertadores de 2012 a voltar ao Timão - o primeiro havia sido Emerson Sheik. Nos últimos dias, a comissão chegou à conclusão de que é preciso encorpar o elenco com nomes mais experientes. Assim, Ralf retornou à pauta para fazer sombra a Gabriel. O volante disputou 352 jogos pelo Corinthians entre 2009 e 2015, com oito gols e seis títulos, dentre eles dois Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial.
– Cara, sempre é bom repatriar jogadores do Mundial, da Libertadores, são jogadores experientes. Mas todos tem que lutar pelo seu espaço, não é porque já ganhou que tem vaga. Temos que trabalhar e buscar nosso lugar, o Corinthians só tem a ganhar – disse Ralf.
Agora, o elenco do técnico Fábio Carille passa a ter nove volantes. Além do titular Gabriel, outras opções são Paulo Roberto, Renê Júnior, Camacho e Maycon. Mantuan tem sido alternativa para a lateral direita, ao passo que Jean e Warian estão de saída.
Veja mais alguns tópicos da entrevista com Ralf:
Sobre a disputa da Libertadores.
– O Corinthians sempre foi assim, correndo por fora, mas sempre dando conta do recado. Claro que tem grandes clubes que estão lutando. Quando eu estava de fora era a quarta força e foi campeão, a gente sabe onde pode chegar. Claro que a Libertadores tem que se preparar e a comissão vai nos preparar, mas vamos tentar chegar bem.
Sobre o aprendizado na China?
– Foram dois anos, não dois dias né?! Lá eu tive que me esforçar muito na parte física, os chineses tem menos intensidade. Tinha dia que só tinha um período e eu fazia dois, ou chegava antes, treinava no prédio. Aqui tinham ótimos profissionais que trabalhavam, mas lá era só eu e Deus, era sozinho mesmo.
Sobre a comparação com Felipe Melo
– Cara, somos profissionais. Ele defende o clube dele, eu o meu. Acho que a comparação é por causa da marcação, ele é bom jogador. A rivalidade é dentro de campo, mas não tem diferença nenhum. Respeito o trabalho dele.
Número de camisa
– Não pensei ainda, mas vamos preparar um número que seja legal, mas agora a prioridade é aprimorar a parte física, voltar.
Fim de carreira no clube?
– Estou pensando no hoje, no amanhã eu deixo para depois. Se for possível, claro que é um sonho encerrar a carreira aqui no Corinthians.
Sobre a relação com o Carille e a carreira do treinador
– Claro que você respeita. Conheço ele desde de o Barueri em 2008, mas a gente sentou pra almoçar e não tinha nem assunto para conversar. Cheguei aqui e ele é treinador né (risos). Mas tenho muito respeito por ele, que merece tudo.
Fonte: Globo Esporte
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