Para o RN chegar a uma situação extremamente frágil em suas finanças, algumas corporações tomaram conta do Estado e, sem o ajuste fiscal, as alternativas serão a demissão em massa ou o aumento de impostos. A observação é do secretário de Administração e Recursos Humanos, Cristiano Feitosa.
“Os governos foram muito permissivos com algumas categorias e concederam reajustes fora da realidade”, observa ele.
Uma categoria de delegados, por exemplo, ganhou 65% de elevação nos salários de uma vez só. Assessores jurídicos ganharam um aumento de 275%. “Ninguém no funcionalismo público ganha reajuste desse patamar”, acrescenta. Os assessores jurídicos tinham uma remuneração final de R$ 3.800 para R$ 14 mil.
Feitosa diz que a sociedade não é contra o ajuste fiscal e o interesse difuso é mais importante dos os pleitos específicos das categorias de servidores públicos.
“A matemática para se convencer os servidores públicos é muito simples: ou se faz o ajuste ou vai haver demissões em massa. A outra alternativa é o aumento de impostos. É uma situação muito pior para todos. Poderemos inclusive demitir funcionários estáveis”, afirma. Ele diz ser preciso colocar as despesas dentro das receitas do Estado, até porque todas as medidas estão previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Assembleia Legislativa vota hoje a urgência votação do ajuste financeiro do Estado, batizado de “RN Urgente”.
Fonte: Portal no Ar
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